Os deputados da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara ouve nesta quinta-feira especialistas contra e a favor da proposta.
Ontem, o ministro da Economia abriu a fase de audiências públicas numa sessão de 8 horas marcada por defesas e condenações do texto e, claro, trocas de farpas.
A visita de Paulo Guedes até começou pacífica.
Sem cair em provocações feitas pela oposição, ele deu início ao debate decretando a falência do atual sistema de aposentadorias.
Segundo o ministro, apenas a reforma permitirá que o pagamento das aposentadorias seja mantido e voltou a criticar privilégios.
Paulo Guedes levou com ele uma comitiva do Ministério da Economia, incluindo o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, que destacou números do setor.
Após as exposições, começou a parte mais aguardada da audiência: as perguntas dos deputados da comissão – enquanto a base aliada assoprava, a oposição mordia.
A líder da minoria Jandira Feghali duvidou dos dados apresentados pela equipe e reclamou da falta de emprego.
Com a provocação, o clima de cordialidade foi, então, interrompido pelo ministro Paulo Guedes.
Diferentemente da Comissão de Constituição e Justiça, os ânimos se acalmaram e a sessão voltou o tom de civilidade.
Mas à noite as provocações foram retomadas após deputados do PSOL mostrarem um cheque em branco a Paulo Guedes.
O ministro reagiu e o PT entrou no bate-boca.
A fase de audiências sobre a reforma na comissão especial deverá durar todo o mês de maio.
Os próximos debates vão focar em temas como orçamento e financiamento do setor, o regime geral da Previdência e as categorias com regime diferenciado.