Em sua tradicional live às quintas-feiras, o deputado estadual Alberto Feitosa voltou a falar sobre a crise envolvendo a Polícia Militar de Pernambuco. Ao lado do presidente estadual do PTB, Coronel Meira, e do representante do movimento do PE no Rumo Certo, o advogado Rubem Brito, o Deputado criticou a atuação do governador do Estado, Paulo Câmara, em toda a crise e pontuou, passo a passo, como é o protocolo para que a Tropa de Choque seja acionada.
Segundo Feitosa, antes de agir, o comandante da operação fica em contato direto com os seus superiores e essas ligações são rasteáveis. “Os áudios entre os comandantes e chefes da Casa Militar, inclusive, o secretário de Defesa Social, ficam registradas no sistema do Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM)”.
Com experiência de mais de 25 anos na polícia pernambucana, o Coronel Feitosa disse que, ou o governador sabia do emprego do Choque durante a manifestação, ou ele perdeu o comando da corporação, e mostrou o que pode ter ocorrido momentos antes do confronto entre policiais e manifestantes. “Os militares recebem uma ordem de serviço, mas ficam aquartelados esperando uma determinação do comando para que, caso a situação saia de controle, possam agir. Após receber a ordem para o emprego do Batalhão durante a manifestação, o coronel Vanildo (ex-comandante da Polícia Militar) foi bem claro ao dizer que não era aconselhável”, contou.
Já para o Coronel Meira, o Batalhão de Choque não deveria estar no local. “Não tinha número de manifestantes para chamar a tropa de choque”, comentou.
Os participantes da live cobraram uma resposta do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, sobre quem teria dado a ordem para o emprego do Batalhão de Choque para dispersar os manifestantes. Além disso, solicitaram que o Ministério Público e a Polícia Federal entrem nas investigações.