Ex-presidente Lula negou que tenha “relação íntima” com Cabral e disse não acreditar que qualquer brasileiro esteja mais em busca da verdade do que ele
Por Estadão Conteúdo / Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Em depoimento por cerca de 50 minutos ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “não acredita que hoje um brasileiro esteja mais em busca da verdade do que ele”.
Lula depôs por videoconferência, desde a sede da Polícia Federal, em Curitiba – onde está preso há quase dois meses -, como testemunha de defesa do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), condenado a 100 anos de reclusão na Lava Jato e desdobramentos.
O ex-presidente, de terno e gravata, depôs no processo em que o emedebista é acusado de ligação com esquema de compra de votos para eleger o Rio sede da Olimpíada de 2016.
No início da audiência, o juiz Marcelo Bretas, que preside a ação, prestou condolências ao petista pela morte de sua mulher Marisa, ocorrida em fevereiro de 2017.
Em seu depoimento, Lula negou que tenha “relação íntima” com Cabral. “Senhor Bretas, meu compromisso é com a verdade”, afirmou o ex-presidente ao magistrado, dizendo, então, não acreditar que qualquer brasileiro esteja mais em busca da verdade do que ele.
Lula, condenado na Operação Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão no processo do triplex do Guarujá (SP), disse que “está cansado de mentiras”. “Quero a verdade”, repetiu.