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Delator diz à CPI da Petrobras que corrupção era ‘generalizada’ na diretoria de serviços

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Presidente da Setal Engenharia e executivo da Toyo Setal Empreendimentos presta depoimento nesta quinta-feira.

O Globo

A corrupção dentro da Diretoria de Serviços da Petrobras era “generalizada”, com a intenção de aplicação de percentual de propina em todos os contratos, segundo o empresário Augusto Mendonça Neto, presidente da Setal Engenharia e executivo da Toyo Setal Empreendimentos. O executivo presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira, na condição de investigado.

Augusto confessou o pagamento de propinas e é um dos delatores do esquema de desvios da estatal investigado na Operação Lava-Jato. Além da delação premiada, a Setal firmou acordo de leniência junto ao Ministério Público Federal (MPF) no Paraná e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O acordo de leniência é uma forma de colaboração da empresa, em troca de alívio em punições como o impedimento de novos contratos com o poder público.

O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), perguntou ao empresário se o ex-gerente da Diretoria de Serviços Pedro Barusco exagerou ao afirmar que a corrupção era “institucionalizada” na estatal. Augusto respondeu:

— Ele tem razão em um sentido: de fato, dentro da Diretoria de Serviços, era generalizado, porque eles queriam aplicar (o percentual de propina) sobre todos os contratos existentes. De fato era uma questão generalizada. Mas, na companhia como um todo, isso não acontecia.

Barusco também é delator do esquema e já foi ouvido pela CPI. A Justiça Federal já repatriou R$ 182 milhões desviados pelo ex-gerente, referente a dinheiro de propina.

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