A transferência dos restos mortais da menina Beatriz Angélica Mota para Petrolina (PE) acontecerá neste sábado (6). A família da garota, que está sepultada em uma área privativa em Juazeiro (BA), havia anunciado que faria esse processo ainda no ano passado.
A exumação será no cemitério de Lagoa da Pedra, no distrito de Maniçoba, onde a família morava. Não haverá cortejo. Já o sepultamento acontecerá às 16h30, no Memorial SAF, na BR-428, em Petrolina.
Como a mãe de Beatriz, Lucinha Mota já havia dito, esse processo de transferência é feito dentro da legislação, com base legal.
Sandro Romilton Ferreira, pai da garota, conversou com a reportagem este Blog, hoje (2), e falou sobre a transferência. “É uma homenagem a Beatriz. Agora todos nós vamos poder visitá-la. Sabemos que será um momento muito difícil para nós, mesmo porque não temos nenhuma resposta a dar para Beatriz”, comentou.
O pai da menina também disse que a cerimônia será simples. “Será uma cerimônia simples, mas aberta ao público. No Memorial SAF teremos um relicário e levaremos alguns objetos pessoais dela. Beatriz nasceu em Juazeiro, mas foi morta em Petrolina. Que ninguém nunca se esqueça disso”, finalizou Sandro Romilton.
O caso
Beatriz Angélica tinha sete anos quando foi assassinada na noite de 10 de dezembro de 2015, durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina, onde estudava. Seu pai, o professor Sandro Romilton, fazia parte do quadro de funcionários da unidade de ensino.
O corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. Essa sala fica próximo à quadra de esportes onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola, na noite do crime. A irmã da menina era uma das formandas.
A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 da noite do crime, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado.
Foragido
Allinson Henrique de Carvalho Cunha, ex-funcionário terceirizado do Colégio Auxiliadora, suspeito de ter apagado imagens de câmeras de segurança que teriam registrado a movimentação na noite do assassinato da menina Beatriz Angélica, está foragido há cerca de quatro meses.
Disque-Denúncia
Quem tiver informações relevantes sobre o caso, pode acionar a Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco – 181; WhatsApp – (87) 9 9911-8104; e Disque-Denúncia (81) – 3421-9595/3719-4545. Além disso, há um grupo de trabalho do MPPE, também por meio do WhatsApp: (81) 98878-5733. O sigilo é absoluto. (Blog do Britto)