O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, adia a votação da reforma da Previdência e agenda uma sessão para debater vetos de Jair Bolsonaro à Lei do Abuso de Autoridade. O anúncio pegou de surpresa o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia.
A votação vai acontecer menos de uma semana depois de a Polícia Federal, com autorização do supremo, ter entrado no gabinete do senador Fernando Bezerra, líder do governo, e do filho dele, o deputado Fernando Bezerra Coelho.
Os vetos de Bolsonaro incluíram artigos que previam, por exemplo, punição a juízes que iniciarem investigações sem justa causa ou negarem acesso aos dados apurados.
Na sessão também deve ser votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a liberação de um crédito de cerca de 3 bilhões de reais à ministérios. Parte desses recursos será destinada ao pagamento de emendas parlamentares.
O atraso nessa liberação teria provocado revolta na Câmara e preocupação no Senado. Resolvidas essas questões, a Previdência vai à votação no plenário do Senado amanhã.