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Cultura dos Caretas continua viva em Araripina

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“Me dê um jejum aí”. Essa frase marcou a vida de muita gente, no período da Semana Santa.

Por Professor Sebastião Dias / Foto: reprodução

O som dos chocalhos anunciavam que eles estavam se aproximando. Aquelas caixas de papelão, pintadas de carvão e ornamentadas com cabelos de espigas de milho, mostravam a identidade daqueles que pregavam vivenciar uma cultura completamente nordestina. Os sacos de estopas eram os vestidos, quem não queria esse acessório fazia alguns cortes em calças e camisas, para mostrar o poder do medo que aquelas caretas colocavam em algumas crianças.

Era bonito ouvir os chocalhos descer o hortifrutigranjeiro em destino ao centro da cidade, aqueles caretas enormes vindo do sítio Santana, D’nocs, Poeirão, que se encontravam com os da cidade, encantavam e amendrontavam muita gente.

A Sexta-feira da Paixão era o ápice daquela cultura que fazia a malhação do Judas, com Circo dos Caretas em diferentes locais da cidade.

Hoje essa cultura ainda respira, porém menos presente do que era antes. Uma cultura tão rica como a dos caretas, enfrenta barreiras por falta de valorização para essa manifestação cultural.

Os números já não são maiores, nem os circos também, mas a resistência em não deixar morrer essa cultura, supera isso tudo. Os sons dos chocalhos ainda se escutam nesse período, apesar da sua timidez, as máscaras já não são as mesmas, mas a tradição sim.

Parabéns a todos os caretas que promovem essa manifestação, a luta  incansável de vocês representam uma sociedade carente de cultura, que clama por mais incentivos e projetos nessa área tão importante para o desenvolvimento de um povo.

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