Após 0x0 no tempo normal, Raposa fez 5×3 nas penalidades e ganhou a competição pela quinta vez
JC Online / THIAGO CALIL/Estadão Conteúdo
O estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, voltou a ser a casa das grandes conquistas do Cruzeiro em torneios mata-mata. Nesta quarta (27/9), ao superar o Flamengo nos pênaltis por 5×3 (após 0x0 no tempo normal), o time foi campeão pela quinta vez da Copa do Brasil e se igualou ao Grêmio como maior vencedor do torneio com uma vitoriosa campanha em que o desempenho do time no local foi fator decisivo.
Mais do que isso: a conquista da Copa do Brasil deixa para trás uma série de decepções do Cruzeiro em mata-matas no Mineirão e faz o estádio voltar a se tornar o “salão” para festas de conquistas do clube, onde já havia levantado diversas taças. Recentemente, porém, o Mineirão vinha ficando marcado como palco de decepções do Cruzeiro. Foi justamente no tradicional estádio que o time viveu o seu maior trauma recente – a derrota para o Estudiantes, da Argentina, na decisão da Copa Libertadores de 2009. Também pelo torneio continental, o time sofreu eliminações duras, como para o San Lorenzo em 2014 e o River Plate em 2015.
O Cruzeiro começou a finalíssima com uma baixa. Logo aos 3 minutos, Raniel (ex-Santa Cruz) apontou dores musculares nas duas coxas e precisou deixar o gramado. Aposta do técnico Mano Menezes, o atacante de 21 anos deu lugar ao experiente uruguaio Arrascaeta. A mudança inesperada abalou o time da casa por breves minutos, em que o Flamengo aproveitou para acelerar o jogo e ameaçar o gol de Fábio. Guerrero carimbou o travessão em cobrança de falta, aos 6.
No segundo tempo, Mano Menezes colocou seu time para pressionar a saída de bola, com postura mais agressiva. Mas a Raposa não conseguiu fazer o gol. O jogo foi para os pênaltis.
Henrique, Léo, Hudson, Diogo Barbosa e Thiago Neves converteram. Pelo Flamengo, Guerrero, Juan e Trauco fizeram. Diego perdeu. Cruzeiro 5×3. Campeão diante de 61.017 pessoas. A Raposa ganhou a competição também em 1993, 1996, 2000 e 2003.