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Crise nos municípios: sem abatedouro, animais são mortos de forma irregular em Salgueiro

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Prefeitura iniciou construção há 10 anos e obras estão paradas. Prefeito afirma que não tem como continuar construção.

Do G1 Petrolina

Há cerca de 10 anos, a Prefeitura Municipal de Salgueiro, no Sertão pernambucano, iniciou a construção de um novo abatedouro para os caprinos e os ovinos da região. Porém a obra, que deveria ter sido concluída, está parada e os animais estão sendo abatidos de forma irregular.

O marchante, João Batista, explica que, na falta de um local adequado, usa o quintal da casa para abater os animais. “Nós trabalhamos em casa, porque não temos um matadouro público. Nós sobrevimento disso”, contou o trabalhador.

A dona de casa, Maria Gondim, vai à feira toda a semana para comprar a carne que ela e a família consomem em casa. Ela disse desconhecer as condições de higiene que os animais são abatidos. “Não sei de onde vem a carne e isso é onde está o perigo”, relatou a dona de casa.

No local onde estava sendo construído o abatedouro, muita coisa já está deteriorada por conta do tempo. Não há sinal de que o projeto foi retomado. A construção começou em 2005 e o que se percebe, além de pias e portas quebradas, é o mato que cresceu na parte de fora, tornando o lugar com aspecto abandonado. O valor gasto com a obra já ultrapassou R$ 644 mil, segundo a Câmara Municipal de Salgueiro.“A destruição deixou a obra praticamente sem nenhum valor”, destaca o presidente da Câmara, Pedro Pereira.

A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), afirma que não pode fazer nada com relação ao abate irregular. “A Agência fiscaliza os abatedouros registrados na Adagro. Abatedouro clandestino é de competência do município”, explicou o gerente da regional da Adagro em Salgueiro, Dercival Freire.

O prefeito do município, Marcones Libório, afirmou que a prefeitura não tem dinheiro para terminar a obra. “Nós defendemos que o município deve ser o mais amplo possível, mas para isso tem que se mudar o pacto federativo. Como está o município não tem condições de arcar”, comentou.

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