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Crise nas companhias aéreas: Lula vai destinar ajuda de R$ 4 bilhões fora da meta fiscal

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Foto: reprodução

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso nesta quarta (16) um projeto de lei que pretende destinar R$ 4 bilhões para socorrer as companhias aéreas brasileiras em dificuldades financeiras. O texto, que não teve divulgação pública como ocorre com projetos prioritários para o Planalto, prevê que o dinheiro sairá do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) fora da meta fiscal.

Segundo apuração dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo, os recursos serão utilizados para a manutenção de aeronaves, compra de combustível tradicional e SAF (Combustível Sustentável de Aviação), capital de risco, entre outras. A Gazeta do Povo pediu explicações aos ministérios da Fazenda e de Portos e Aeroportos, que costuraram o acordo, e aguarda retorno.

“No que tange aos limites individualizados para as despesas primárias, vale mencionar que o crédito em questão está de acordo com o art. 3º da Lei Complementar nº 200, de 30 de agosto de 2023, por não ampliar as dotações orçamentárias sujeitas aos mencionados limites, salientando que parte do crédito, no valor de R$ 4.000.000.000,00 (quatro bilhões de reais), se refere à suplementação de despesas financeiras, não contabilizadas no cálculo dos referidos limites”, diz trecho do projeto a que o jornal O Globo teve acesso.

Este valor, por ser procedente do FNAC, não é contabilizado na meta fiscal. Projeções apontam que o rombo nas contas públicas neste ano será em torno R$ 28,8 bilhões.

O programa, segundo a apuração, também prevê a possibilidade de subsídios para a compra de querosene de aviação em aeroportos localizados na Amazônia Legal, região de grande importância estratégica.

O socorro vem sendo pedido pelas companhias aéreas desde a pandemia da Covid-19, e já fez a Gol e a Latam apelarem para a recuperação judicial nos Estados Unidos. Mais recentemente, a Azul anunciou uma ampla reestruturação da dívida e um acordo de R$ 3 bilhões com credores. As três são majoritariamente as maiores companhias aéreas do país, com quase a totalidade do mercado.

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