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Crise econômica pode ‘salvar’ campanha de reeleição de Paulo Câmara

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A crise econômica foi usada como escudo na campanha municipal de 2016 e ajudou prefeitos a se elegerem; o efeito pode ser o mesmo na eleição de 2018

Aluisio Moreira-SEI / Foto: reprodução

Com um governo reprovado por 74% dos pernambucanos, como o Jornal do Commercio mostrou no fim de semana, Paulo Câmara (PSB) pode seguir os passos do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e usar a crise econômica como escudo. Em 2016, Geraldo disse que a crise atrapalhou a gestão e sensibilizou o eleitor.

A julgar pelos dados da pesquisa Uninassau, a tática de Geraldo deve ser repetida. O levantamento indica que para 80% dos eleitores, existe crise econômica no Brasil. Quando a pergunta é sobre o ambiente estadual, 76% afirmam que existe crise em Pernambuco, 18% declaram que não e 6% não responderam. Para 94% dos eleitores, a crise nacional contribuiu para a crise no Estado. O número de pessoas que discordam dessa variável é de 3%, mesmo índice de quem não souber responder.

“A crise econômica salvou muitos prefeitos e pode salvar o governador. Temos que avaliar o impacto que a crise pode ter na eleição de 2018”, afirma o cientista político Adriano Oliveira, professor da UFPE e um dos coordenadores da pesquisa.

Paulo é o culpado pela crise em Pernambuco para 53,7% dos entrevistados. Os eleitores ainda responsabilizam os políticos (22,5%), Temer (8,3%), o povo (4,2%) e outros (0,3%). Por sua vez, 11% não responderam ou não souberam responder. Já 43,9% culpam Temer pela crise econômica no Brasil, os políticos (11,3%), governos/governantes, 3,9%, o povo, 3,7%, o governo estadual. Dilma (PT) é citada por 1,4%.

Quando os eleitores são questionados sobre quem pode tirar o Estado da crise, Paulo aparece como “solução” para 27,5% dos entrevistados. Fora o governador, o único político citado é o ex-presidente Lula (5,4%). As respostas também incluem os políticos (10,6%), o povo (10,1%), o presidente (3,5%), novo governo sem corrupção (1,6%), outros (3,2%), ninguém (14,6%) e não responderam ou não souberam responder (23,6%).

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