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Coronel é preso por suspeita de ‘golpe’ ao voltar dos EUA

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Foto: reprodução

Escoltado de volta ao Brasil, Bernardo Romão Correa Netto chegou de madrugada e segue preso após audiência de custódia

O último mandado de prisão da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na última quinta (8), foi cumprido na madrugada deste domingo (11), quando o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto chegou dos Estados Unidos, sob escolta do Exército, e foi preso pela Polícia Federal, no Aeroporto de Brasília.

O militar investigado por suspeita de tramar um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, em 2022 já passou por audiência de custódia e teve mantida sua prisão, cumprida no Batalhão da Guarda Presidencial.

O coronel do Exército estava em Washington, fazendo um curso no Colégio Interamericano de Defesa. E é citado em diálogos investigados pela PF como articulador de um encontro entre oficiais das Forças Especiais do Exército tramar um golpe, em 28 de novembro de 2022, após o presidente Lula (PT) derrotar Bolsonaro no 2º turno das eleições presidenciais.

Segundo mandado de prisão ordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tal reunião planejaria minuciosamente, com militares formados no curso de Forças Especiais, chamados de “Kids Pretos”, o emprego de técnicas militares para consumar um golpe contra o próprio Estado brasileiro.

Bernardo Romão Corrêa Netto seria homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, e ocupava o cargo de assistente do Comando Militar do Sul. E os diálogos foram encontrados no celular de Cid, que hoje é delator da suposta trama golpista.

Corrêa Netto ainda é citado por Moraes e pela PF como articulador da “disseminação de notícias falsas por integrantes das Forças Armadas em associação com outros membros do grupo criminoso para desacreditar o processo eleitoral”. E ainda teria feito circular um documento intitulado “carta ao comandante do Exército de oficiais superiores da ativa do Exército brasileiro”, para pressionar o então comandante do Exército, general Freire Gomes.

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