A menos de 365 dias para a Copa do Mundo 2022, com sede no Catar, as prévias que englobam as seleções favoritas para vencerem o Mundial já começaram a aquecer os debates e análises esportivas em vários lugares que respiram futebol no mundo.
O Brasil, único pentacampeão na história da competição, chegará pressionado para conquistar o hexacampeonato. Afinal de contas, a seleção canarinho não vence um título mundial há 20 anos. Mas será que o técnico Tite e seus comandados estão bem cotados entre os principais favoritos para levantar a taça?
Desde que Tite assumiu o comando da seleção brasileira, em junho de 2016, foram 68 jogos disputados e um excelente retrospecto: 50 vitórias, 13 empates e apenas 5 derrotas, totalizando uma brilhante marca de 81% de aproveitamento.
Além disso, o Brasil, liderado pelo craque Neymar, garantiu sua vaga na Copa do Mundo 2022 com seis rodadas de antecedência nas eliminatórias sul-americanas, o que não deixa de ser mais um importante sinal de solidez do elenco selecionado por Tite.
Sem dúvidas algumas, esses fatores ajudaram a colocar o Brasil na liderança do ranking de favoritismo para a disputa da Copa do Mundo deste ano, pelo menos nas primeiras prévias. O site de apostas esportivas Betway, por exemplo, elencou o top 8 de candidatos ao título mundial na seguinte ordem:
- Brasil;
- França;
- Inglaterra;
- Espanha;
- Alemanha;
- Argentina;
- Bélgica;
- Holanda.
Tite terá a sua segunda chance de levar o Brasil ao hexacampeonato
Como vimos anteriormente, o retrospecto de Tite no comando técnico da seleção brasileira é bastante favorável nos números. No entanto, o mau resultado obtido na Copa do Mundo 2018, na Rússia, ainda é uma pedra no sapato para o treinador e seus jogadores.
Naquela oportunidade, até pelo fato de o Brasil ter chegado embalado ao torneio, a eliminação nas quartas de final para a Bélgica causou grande frustação e uma enorme pressão sobre Tite, a ponto de o técnico ver o seu cargo questionado. Desde então, nomes como de Renato Gaúcho e Jorge Jesus já chegaram a ser especulados pela imprensa para assumir o Brasil, mas tudo não passou de rumores.
O comandante do time canarinho será o 6º treinador na história a treinar o país em mais de uma edição de Copa do Mundo. Dessa maneira, ele se juntará ao seleto time de profissionais que tiveram a mesma oportunidade: Vicente Feola (1909-1975), Mario Jorge Lobo Zagallo, Telê Santana (1931-2006), Carlos Alberto Parreira e Luiz Felipe Scolari.
Uma Copa do Mundo atípica
A Copa do Mundo deste ano, diferentemente das últimas edições, não será realizada após o fim da temporada europeia (entre junho e julho) e sim entre novembro e dezembro, período de inverno no Catar. A principal razão pela mudança foi para evitar parte do forte calor que assola o Catar, onde o clima é quente e seco em boa parte do ano.
Porém, nem tudo são flores. As interrupções no calendário regular do futebol são um grande problema ainda não solucionado pela Fifa. Para a insatisfação de muitos, a decisão da entidade máxima do futebol sediar a Copa do Mundo no fim do ano significará uma pausa obrigatória de seis semanas no meio da temporada europeia de clubes, algo que poderá atrapalhar o planejamento de vários times que detêm os direitos da maioria dos jogadores que vão disputar o Mundial, tendo em vista toda a situação atípica.
A Premier League (ou Campeonato Inglês), uma das ligas mais ricas do mundo e que tem como patrocínio principal o banco Barclays até 2025, já anunciou que fará uma parada de seis semanas para acomodar a Copa do Mundo do Catar. O período começará em 14 de novembro e terminará em 26 de dezembro, apenas oito dias após a final do Mundial, com data marcada para acontecer em 18 de dezembro.
Algo parecido também deverá acontecer nas demais grandes ligas europeias. Sendo assim, após a conclusão da Copa, espera-se que os jogadores convocados por suas respectivas seleções se reintegram às atividades dos clubes nacionais quase que imediatamente, algo que poderá gerar uma sobrecarga física nos atletas.
Já os profissionais que atuam no Brasil não passarão por situação parecida. Como o calendário do futebol nacional se encerra ao fim de cada ano, os jogadores que forem participar do Mundial terão férias logo após o término da competição.