Ex-ministro de Lula e Dilma está preso por corrupção e lavagem.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou nesta sexta-feira, 7, pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-ministro Antonio Palocci. Na decisão, Fachin entendeu que a defesa de Palocci deve aguardar o fim da tramitação de outro pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil no governo Dilma, Palocci foi preso em setembro de 2016 pela Polícia Federal. Defesa do petista fala em ‘constrangimento ilegal’.
“Acha-se o paciente sob inequívoco constrangimento ilegal, consubstanciado na decretação da sua prisão preventiva à absoluta míngua de justa causa e ao arrepio da lei, ilegalidade esta encampada pela autoridade coatora, que há meses não decide sobre a questão, a despeito de se acharem ultrapassados todos os prazos razoáveis para tanto”, diz a peça.
Palocci e mais 14 pessoas são réus em uma ação penal relatada pelo juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal em Curitiba. Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, a empreiteira Odebrecht tinha uma “verdadeira conta-corrente de propina” com o PT. Para os investigadores, a conta era gerida pelo ex-ministro Palocci. Segundo a Lava Jato, os pagamentos ao ex-ministro eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, setor responsável pelo pagamento de propina a políticos, em troca de benefícios indevidos no governo federal.
A defesa de Palocci nega as acusações e sustenta que Sérgio Moro é parcial na condução do processo.