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‘Consórcio Nordeste é símbolo nacional da corrupção na pandemia’, diz senador

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Foto: reprodução
Eduardo Girão pretende questionar o ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, durante depoimento nesta terça-feira, 21, sobre desvios em Estados e municípios: ‘Será um prêmio de consolação’

  • Por Jovem Pan

O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros, prometeu entregar o documento final do colegiado nos próximos dias. Antes de encerrar os trabalhos, no entanto, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve ouvir mais uma vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para esclarecer sobre a suspensão da vacinação de adolescentes contra a Covid-19 no país. A nova oitiva não é bem vista por parte dos parlamentares, que considera que a solicitação atrapalha no enfrentamento à Covid-19, explica o senador Eduardo Girão. “Trazer o ministro pela terceira vez, tirar do enfrentamento da questão da pandemia, imunização, é tirar o dia de trabalho dele, não só o dia que vai estar, mas de preparação”, afirma em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 20. Na visão do parlamentar, há um interesse “midiático e politiqueiro” no chamado G7 do colegiado, que busca atingir o governo federal.

“Enquanto o país precisa de energias para reformas, para socorrer pessoas desempregadas, com fome, aqui se faz politicagem, enquanto puderem levar isso, eles vão fazer. […] Existe uma sede de sangrar o presidente da República [Jair Bolsonaro] por questões de interesse eleitoreiro. Não acho justo, não acho correto com o país”, pontuou. Considerando esse cenário, Girão pontua que é preciso buscar um outro relatório, que seja de equilíbrio entre a oposição e os governistas. “Particularmente me sinto incomodado, no grupo dos governistas não vão mostrar equívocos do governo federal em algumas posturas inoportunas. Do grupo dos oposicionistas vem um espetáculo exagerando muitas coisas”, completa.

Ainda sobre a CPI, Eduardo Girão falou sobre a expectativa para o depoimento de Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) na terça-feira, 21. Segundo ele, a oitiva será como um “prêmio de consolação” para os que buscavam investigar a corrupção na pandemia. “Tentei trazer o Consórcio Nordeste, que é o símbolo nacional de corrupção na pandemia. É algo escabroso. […] Tem dois ex-ministros do governo Dilma envolvidos supostamente até a medula no Consórcio Nordeste e é abafado dentro da CPI. Pelo menos os 15 minutos que vou ter amanhã vou usar para ver se traz alguma coisa com relação a esses casos. A Polícia Federal fez mais de 100 operações, a CGU fez 60 operações. Que a CPI possa olhar para isso e possa mostrar que aí está o grande problema desse período da pandemia. Desviar verba pública em época de pandemia não é apenas corrupção, é assassinato.”

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