Fonte na Polícia Federal informa que a Superintendência em Pernambuco abriu o novo Inquérito 2021.0026423 – DELECOR/DRCOR/SR/PF/PE, para investigar as compras excessivas de medicamentos e insumos médicos para a covid-19, pela gestão do ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). A denúncia de que Geraldo tinha comprado insumos em excesso partiu da deputada estadual Priscila Krause (DEM).
A Polícia Federal, neste momento inicial do novo inquérito, irá investigar as dispensas emergenciais 101 e 102, da Secretaria de Saúde do Recife, que compraram medicamentos para o enfrentamento da covid-19. Outro objeto do inquérito policial é o sistema Hórus de gerenciamento do estoque da covid-19 na gestão de Geraldo. A Polícia Federal já tem informações que o sistema não era confiável.
Outro ponto que será investigado é o estoque excessivo do medicamento propofol. A gestão de Geraldo comprou sem licitação uma quantidade altíssima, deixando o medicamento se aproximar do vencimento. Apenas em dezembro de 2020, a gestão de Geraldo doou parte dos medicamentos para o Governo de Pernambuco. Mesmo assim, como a quantidade era muito grande, o Governo de Pernambuco teve que doar 40% do medicamento para outros estados do Nordeste, para não deixar o medicamento vencer, pela falha administrativa da gestão de Geraldo.
Enquanto a gestão de Geraldo mantinha um estoque excessivo de propofol, o medicamento faltava para o “kit intubação” nas UTIs de todo o Brasil.
Outro ponto destacado internamente na Polícia Federal é que Geraldo Júlio não tem direto a foro privilegiado neste inquérito. Apesar de uma manobra de Geraldo para tomar posse como secretário estadual em 1° de janeiro de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) já teria resolvido o assunto na questão de ordem na AP 937, relatada pelo ministro Roberto Barroso. Com informações do Blog do Magno.