Roberto Tavares, presidente da Compesa, participou do programa Cidade Viva, nesta terça-feira.
Rádio Jornal Recife
Os pernambucanos sofrem há quatro com os reflexos de uma seca prolongada no Estado. Apesar da dificuldade para a água chegar às torneiras, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) admite que pode haver um aumento na conta que chega na casa dos consumidores. De acordo com o presidente empresa, Roberto Tavares, embora não haja certeza deste reajuste acontecer, o aumento na conta de energia força a Compesa a estudar maneiras de não repassar esse reajuste para o consumidor.
“Os setores de água e luz são interligados. A estiagem causa aumento na conta de energia e nós gastamos cerca de R$ 14 milhões com energia para distribuir a água. Ainda não há certeza de haverá ou de quanto será o reajuste. O concreto é que estamos estudando se há investimentos que possam ser suspensos para evitar um aumento na conta de água”, explicou Roberto Tavares.
“Nos últimos quatro anos nós investimos R$ 4 bilhões em obras, isso significa R$ 500 milhões por ano. Esse dinheiro não é pago pelas contas de água, pois hoje as pessoas pagam cerca de R$ 3 por mil litros de água que consomem. É um valor muito baixo para um bem tão importante como a água. Muitos priorizam o pagamento de costas altas de celular ou TV a cabo”, ponderou o presidente da companhia.
A Compesa, por sua vez, alerta que os problemas com abastecimento em todo Estado só deverão ser resolvidos se houver investimento em obras estruturadoras, como a troca de tubulações e a construção de adutoras, a exemplo da Adutora do Agreste, no interior pernambucano, e a finalização do Ramal do Agreste, que leva água da transposição do Rio São Francisco até a adutora. Somente essas duas obras sanaria o desabastecimento em mais de 60 cidades agrestinas.