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Com pelo menos 4 pré-candidatos, Petrolina respira eleições de 2016

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Nomes cotados para disputa eleitoral em Petrolina. No sentido horário: Odacy Amorim (PT), Ednaldo Lima (PMDB), Fernando Filho (PSB) e Adalberto Cavalcanti (PTB).

Por Marcela Balbino, repórter do Blog de Jamildo.

Com seis deputados eleitos – sendo três federais e três estaduais – e um senador da República, a cidade de Petrolina, no Sertão do São Francisco, já respira política e, mesmo faltando mais de um ano para o pleito de 2016, a sucessão municipal já é assunto certo em rodas de conversa.

Tendo pouco mais de 190 mil eleitores, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o município começa a formar os cenários para a disputa do próximo ano. E, diante das diversas forças políticas da região, o jogo eleitoral é formado por vários jogadores. Pelo menos quatro correntes políticas devem lançar pré-candidatos.

Com 61.772 votos, o deputado estadual Odacy Amorim (PT) já foi vice do então prefeito Fernando Bezerra Coelho, entre 2004-2008. Ele assumiu a prefeitura na época em que FBC se licenciou para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no governo de Eduardo Campos. O parlamentar não escondeu a pretensão de entrar no páreo.

Conhecido por suas atitudes inesperadas, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), também poderá alterar todo o xadrez da sucessão municipal. O destino do seu espólio eleitoral será decisivo nas urnas. Especula-se que o chefe do executivo municipal vai alçar um de seus auxiliares para a disputa. Entre as apostas está o nome do secretário extraordinário de Habitação, Ednaldo Lima, vereador licenciado.

Ednaldo ganhou visibilidade ao encabeçar programas habitacionais importantes em Petrolina, como o Minha Casa, Minha Vida do governo federal.

Outro nome cotado para assumir a cadeira é o do deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB). Em reserva, fontes comentaram que outro cenário possível seria Lóssio apoiar a candidatura de Adalberto para herdar a cadeira deixada por ele na Câmara dos Deputados.

PSB – O partido do governador Paulo Câmara (PSB) é o que apresenta a maior indefinição em meio a bolsa de apostas. Nos bastidores, os comentários são de que existem quatro potenciais candidatos para a vaga. Lucas Ramos e Miguel Coelho aparecem como nomes fortes para a disputa. As candidaturas ganham musculatura pelos grupos políticos que eles representam.

Lucas é filho do ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ranílson Ramos, e é um dos vice-líderes do governo na Alepe. Miguel, por outro lado, é herdeiro do senador Fernando Bezerra Coelho e assumiu a presidência da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural da Casa.

Outro nome presente em todas as conversas é o do deputado federal Fernando Filho, que foi eleito ano passado com 112.684 votos.

Socialistas ouvidos afirmam que, dentro do partido, o sentimento é de que ele é o candidato natural, apesar da derrota nas urnas em 2012, contra o atual prefeito.

Fernando explica que está focado no mandato federal, mas que já teve início o olhar para as lideranças do partido.

O deputado federal Gonzaga Patriota é outro elemento da disputa interna do PSB em Petrolina. O parlamentar já disputou três candidaturas para prefeito do município. Em 2012, Patriota tentou lançar nova candidatura, mas o ex-governador Eduardo Campos interveio e definiu o deputado retirasse a candidatura e afirmou que o candidato do PSB seria Fernando Filho.

Criou-se uma celeuma interna no partido, mas que parece ter ficado no passado. Gonzaga Patriota não disfarçou o desejo de ser candidato, mas pontuou que a prioridade é de Fernando Filho.

“O candidato natural é Fernando Filho, mas se ele não quiser, eu estou pronto, com os pés no chão para a disputa”, disse.

Sobre as brigas com o correligionário, Patriota afirma que a rixa ficou no passado. Quanto às candidaturas de Lucas Ramos e Miguel Coelho, Patriota avalia que a dupla, que assumiu este ano o primeiro mandato, ainda precisa de mais tempo de estrada para disputar uma eleição como a da prefeitura de Petrolina.

“Não vou bater chapa com ninguém, só porque pisaram no meu pescoço. Se o candidato for Lucas, tudo bem, se for Miguel, também”, contemporizou o parlamentar.

 

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