O investimento na rede ciclável fez o Recife diminuir em 38% as mortes de usuários da mobilidade ativa no trânsito entre 2017 e 2021. Neste mesmo período, a cidade aumentou em 230% a sua malha cicloviária
O novo equipamento contempla a Avenida Beira Rio, onde se conecta com a Ciclofaixa Amélia, e as ruas Marcos André, Pio Nono, Clara Nunes, Conde de Irajá e Professor Estêvão Costa, onde se conecta com as ciclofaixas Torre e Maurício de Nassau – uma conexão importante para os ciclistas oriundos da Avenida Caxangá que utilizam as vias da Ciclofaixa Maurício de Nassau. A ligação com a área Norte também vai proporcionar acesso ao Parque da Jaqueira pela Ciclofaixa Rua do Futuro. O projeto inclui, ainda, novas travessias de pedestres e redesenho nas ruas na criação de refúgios de pedestres, o que vai garantir mais segurança viária para essas pessoas.
“Essa ciclofaixa é muito importante porque faz essa conexão necessária entre diversas áreas da cidade. Esse é o momento não apenas de ampliar, mas de aperfeiçoar a nossa malha cicloviária e, por isso, estamos investindo ativamente nas conexões para fomentar a mobilidade ativa, que é mais sustentável e é um meio de transporte que, quando é adotado por grande parte da população, torna as nossas ruas mais seguras”, explica a presidente da CTTU, Taciana Ferreira.
Com a mudança, as vias passarão a adotar velocidade máxima de 40 km/h ou 30 km/h, o que garante mais segurança viária para todos na área contemplada, como explica o coordenador local da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global (BIGRS), Gustavo Sales: “Implantar uma ciclofaixa como essa garante mais segurança viária para o ciclista, mas também para todos os atores do trânsito, sejam pedestres, motociclistas ou pessoas nos carros. Isso porque o equipamento leva à redução da velocidade máxima permitida na via e sabemos que quanto maior a velocidade, maior o risco de causar ou agravar os sinistros. Por isso a ciclofaixa é uma entrega não só para quem utiliza a bicicleta, mas para todos que fazem a cidade”, diz.
O investimento no redesenho de vias para fomento da segurança viária é uma das práticas na política de mobilidade do Recife que levaram à redução de 36,4% das mortes no trânsito do Recife entre 2016 e 2021. O dado é do Relatório Preliminar de Vítimas Fatais de Sinistros de Trânsito, produzido pela CTTU em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global. Essa mesma parceria também gerou o Relatório de Segurança Viária sobre Mobilidade ativa, que indicou uma redução de 38.8% nos registros de óbitos de usuários da mobilidade ativa entre 2017 e 2021, neste mesmo período, o Recife aumentou em 230% a sua malha cicloviária.