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Com medo de perder a “Boquinha”, Armando afirma que impeachment de Dilma “é golpe”

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O ministro disse que alguns setores da oposição, ainda inconformados com a derrota presidencial em outubro do ano passado, tentam criar“um terceiro turno”.

Por Carlos Britto

Em sua mais recente passagem por Petrolina, na noite de quinta-feira (26), quando prestigiou no Senai, a convite do prefeito Julio Lossio, o anúncio da chegada de uma empresa de call center – a A e C –, o ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) esbanjou otimismo em relação ao futuro econômico do país. Mas também não poupou críticas à crescente onda de pedidos pela cassação da presidente Dilma Rousseff.

O ministro disse que alguns setores da oposição, ainda inconformados com a derrota presidencial em outubro do ano passado, tentam criar“um terceiro turno”. Mas precisam perceber que o momento é de todos trabalharem pelo país. “Movimento pró-impeachment é um movimento golpista”, declarou.

Armando Monteiro também lamentou os pessimistas de plantão que fazem alarde negativo em relação à economia brasileira. Ele justificou que no mundo inteiro o ritmo da economia tem ciclos de expansão e retração, e com o país isso não é diferente.

O ministro lembrou, no entanto, que o Brasil cresceu em momentos de instabilidade e os ajustes que estão sendo feitos pela equipe econômica de Dilma, apesar de ter um custo ao povo brasileiro, estão na direção correta para a retomada do crescimento. “Não podemos sucumbir ao desânimo, ao pessimismo”, afirmou.

Petrobras

Indagado sobre o Caso Petrobras, Armando reconheceu que o escândalo levou a estatal a diminuir os investimentos. Disse ainda que os indícios de corrupção estão sendo apurados pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal e os responsáveis devem ser punidos. Também frisou que a Petrobras “tem grande capacidade de caixa e deve ampliar a produção de petróleo nos próximos dois anos”.

Armando ressaltou ainda que sua pasta tentará assegurar uma política mais longa de preço do diesel, a fim de evitar protestos futuros de caminhoneiros, como os que aconteceram esta semana pelo país. Ele também falou em refinanciar a dívida da categoria.

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