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Chefe do esquema que desviou R$ 40 bilhões dos cofres públicos é recebido pelo governador de PE

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

O PSB de Pernambuco tem todo o direito de abraçar-se com Lula, ex-presidiário da Lava Jato, esquema que desviou dos cofres públicos da Nação a bagatela de R$ 40 bilhões. Tem direito também de renovar o namoro que redundará, certamente, em casamento para as eleições presidenciais do ano que vem, recebendo em troca o apoio do PT para se manter no Governo do Estado.

Só não tem o direito de gastar o meu, o seu, o dinheiro do contribuinte, num banquete para Lula no Palácio do Campo das Princesas em pleno domingo. Lula não é mais chefe de Estado nem autoridade pública. Não goza, portanto, dessa regalia, aberração do governador Paulo Câmara, o impostor. Num Estado nordestino, em que a fome mata e assola milhares de miseráveis, servir lagosta, caviar e camarão, com vinhos finos e uísque, a um presidiário, com o dinheiro dos nossos impostos, é um acinte.

Com a chibata do poder nas mãos no Estado e na Prefeitura do Recife desde que Eduardo Campos se elegeu em 2006, o PSB governa de costas para o povo. E quando isso acontece, a prosperidade ou a ruína de um estado depende da moralidade de seus governantes. Na gestão pública, não sabe o PSB, o que conta é o mínimo de respeito ao cidadão, não a permissividade passiva, fruto de uma administração provinciana e irresponsável.

A moralidade está além da legalidade. Torrar dinheiro público com ex-presidiário, para se discutir uma aliança politica na cozinha e no salão do prazer palaciano, é má administração. E a má administração do dinheiro público, associada à corrupção, gangrenam a sociedade brasileira. Para ser um grande governante não precisa ser um nacionalista ou estadista. Basta respeitar o que é alheio, não premiar corruptos em jantares com o nosso dinheiro.

A sociedade não tem medo nem nojo apenas de governos tiranos, mas de governantes que se lambuzam em banquetes pagos pelo povo. O exemplo da boa governabilidade do Estado não é em si o caráter e o bom empenho do governante, mas, sobretudo, a dignidade e o afinco dos que compõem o quadro de posições firmes em defesa dos mais frágeis, carentes e dependentes do poder.

Para governar um Estado há de se ter, no mínimo, decência. Sem isso, a tendência é o abismo. Não sabe o governador que a força mais poderosa da liderança de um chefe de Estado é o exemplo e o que ele fez ontem foi um péssimo exemplo. Não sabe que a maior força de uma liderança está na causa que ela serve, não em agradar homens maus, que fazem maldades. Lula fez um grande mal à Nação. É loucura imaginar diferente. Já ouvi que o mal dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.

Ao ler essa coluna, hoje, o governador poderia fazer uma reflexão sobre os ensinamentos de Santo Agostinho, que dizia preferir os que o criticavam, porque o corrigiam, enquanto os que o elogiavam, tentavam corrompê-lo.

PT nada em dinheiro – O imponente jatinho que deixou Lula e sua comitiva, ontem, no Recife, é digno de chefes de Estado, não de ex-presidiário. Chamou tanto atenção ao taxiar no hangar da Weston que o PT foi rápido no gatilho. Antes que aparece insinuações de que algum empreiteiro estava bancando a festa, o partido emitiu um comunicado que a dinheirama do aluguel da aeronave estava saindo dos cofres do partido. O PT é um partido rico. Segundo nota do TSE de junho de 2020, o PT embolsou R$ 200,9 milhões do chamado Fundo Partidário, o Fundão.

Oposição altiva – Liderança de oposição em ascensão no Estado, o deputado Alberto Feitosa (PSC), que disputou a Prefeitura do Recife na eleição passada, gravou, ontem, um importante e oportuno vídeo em frente ao Palácio das Princesas, para condenar o que classificou de “banquete do escárnio”, oferecido pelo governador Paulo Câmara ao ex-presidiário do PT na sede do poder estadual. Hoje, ele deve encaminhar um pedido de explicações ao Governo do Estado sobre os custos da farra, com um prazo de 48 horas.

Mentiroso – No encontro que teve, ontem, com lideranças politicas no Recife, o ex-presidiário Lula caprichou no populismo. Disse que ia colocar “os pobres no orçamento e os ricos no imposto de renda”. Não mudou em absolutamente nada. Omitiu que no seu Governo nunca os banqueiros lucraram tanto.

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