O Censo Demográfico de 2022 apresentou dados detalhados sobre as condições habitacionais em Pernambuco, com foco nos desafios das áreas urbanas vulneráveis. O estado ocupa a terceira posição nacional em número de favelas, com 849 comunidades, atrás de São Paulo, que lidera com 3.123, e Rio de Janeiro, com 1.724.
A maior incidência de favelas em Pernambuco ocorre no Recife, com 295 comunidades. Em seguida, Jaboatão dos Guararapes e Olinda registram 132 e 66 favelas, respectivamente. Nessas cidades, as pressões sobre a infraestrutura são notórias.
A densidade demográfica em Pernambuco, de 9.099,28 habitantes por km², coloca o estado em sexto lugar no Brasil nesse critério, com 1.091.289 moradores nestas comunidades. Este índice mostra como as cidades estão sendo afetadas, especialmente nas regiões metropolitanas.
Na Região Nordeste, o Ceará e a Bahia ocupam a segunda e terceira posições em número de comunidades vulneráveis, com 702 e 572 áreas identificadas, respectivamente. Esses dados colocam Pernambuco entre os estados nordestinos com uma alta concentração de assentamentos precários.
Composição racial
No que diz respeito ao perfil da população nas favelas pernambucanas, os dados revelam que pretos e pardos somam 73,08% dos moradores dessas áreas, enquanto brancos correspondem a 26,6%, indígenas a 0,16% e amarelos a 0,15%.
Esse perfil racial revela a desigualdade estrutural que afeta, de maneira mais intensa, a população negra e parda, que representa a maioria nos territórios de maior vulnerabilidade.