Em entrevista à Rádio Jornal na tarde desta quarta-feira (12), Lúcia Motta, mãe da menina Beatriz Motta, disse acreditar que o assassinato de sua filha foi um crime “muito bem planejado”. Ainda na tarde desta quarta, os familiares de Beatriz devem se reunir com a cúpula de segurança pública do Governo de Pernambuco. Lúcia também comentou o mandado de prisão preventiva expedido contra Alisso Henrique, funcionário da escola Maria Auxiliadora, em Petrolina, onde Beatriz foi encontrada morta com 42 duas facadas depois de desaparecer durante uma festa realizada na instituição. O crime aconteceu em dezembro de 2015 e segue sem ser solucionado.
“A Justiça precisava nos dar uma garantia de que ele, o Alisson, não vai continuar atrapalhando as investigações”, disse Lúcia Motta. Ainda de acordo com ela, o ex-funcionário do colégio seria casado com uma policial civil de Petrolina e, por causa disso, existia o temor por parte dela de que as investigações fossem obstruídas. “No meu ponto de vista, como se trata de uma cidade pequena, que é Petrolina, ele que é casado com uma policial civil de Petrolina, então esse era meu medo: que eles continuassem a atrapalhar as investigações. Eu acho que toda a sociedade Pernambucana já percebeu que esse crime foi muito bem planejado. Antes, durante e depois. Então o que estava em questão, o que estava em cheque era isso”, concluiu Lúcia Motta.
Em julho deste ano, Alisson negou que tenha apagado as imagens do circuito de segurança.
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O pedido de prisão preventiva contra Alisson Henrique de Carvalho Cunha estava na pauta desta quarta, na sessão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal Regional de Pernambuco, que julgou e deferiu o recurso movido pela Polícia Civil e Ministério Público do Estado, pedindo a prisão do suspeito. O primeiro pedido de prisão preventiva contra Alisson foi negado pela Polícia Civil em Petrolina. Confira os detalhes com a repórter Marcela maranhão.
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Ainda nesta quarta, familiares e amigos de Beatriz Motta realizam um protesto no Recife para lembrar os três anos do assassinato da menina, que segue sem nenhum esclarecimento.
Lúcia Motta diz que agora é o momento de cobrar mais investimento do Governo do Estado para solucionar o crime. “Agora nós vamos cobrar do governo, nada mais nada menos do que o mínimo de investimento necessário pra a resolução do caso Beatriz. Agora que foi dado um primeiro passo, é a ponta do novelo. Na verdade existe, sim, a possibilidade de um novo pedido de prisão e nós vamos lutar para que isso aconteça o mais rápido possível”, comentou a mãe de Beatriz que, em entrevista exclusiva à Rádio Jornal na última semana, criticou o Governo de Pernambuco, dizendo que que os órgãos de segurança pública não estavam investindo “nenhum centavo no caso de Beatriz”.