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Caso Beatriz: Em entrevista, advogado do colégio afirma que “HD foi formatado dentro da Polícia Civil”

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Foto: GRTV/reprodução

Pela primeira vez o advogado Clailson Ribeiro concedeu uma entrevista sobre a participação do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora nas investigações do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, então com sete anos, ocorrido na noite de 10 de dezembro de 2015, durante um evento festivo na instituição de ensino. Ribeiro atribui à Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) a falha no manuseio dos HD’s (computadores) que armazenavam as imagens das câmeras de segurança do colégio.

Em entrevista ao GRTV, Clailson Ribeiro revelou que o funcionário Alisson Henrique Carvalho, considerado foragido da justiça, esteve no local para liberar os equipamentos solicitados pelo então responsável pelas investigações, o delegado Marceone Ferreira.

Nós tratamos de prontamente entregar todos os HD’s que estavam gravando as imagens do colégio da época do fato”, explicou o advogado. Ele ainda informou que a entrada de Alisson na sala – que aparece nas imagens divulgadas pela PC – foi um ato rápido apenas para a retirada dos equipamentos. “Os HD’s foram postos dentro de uma caixa e no dia seguinte foram encaminhados para a polícia. A polícia acusou o recebimento dos três HD’s e, até então, estava tudo certo”.

Entretanto uma nova solicitação da polícia, quase um ano depois da primeira, informou que ouve uma formatação automática das imagens de um dos computadores. As imagens são exatamente as que mostram o principal suspeito de ter cometido o crime, circulando nas proximidades da escola.

Ainda segundo o advogado, a escola arcou com os custos de recuperação das imagens a pedido da polícia. “No decorrer de 2016 a polícia não apontou qualquer tipo de informação de que havia imagens perdidas. A única vez que o fez foi em dezembro de 2016, ou seja, quase um ano depois da entrega dos HD’s, e no próprio ofício diz que este incidente aconteceu dentro da própria polícia, e nos pedindo ajuda para custear a recuperação destas imagens”, afirmou Ribeiro.

O advogado acredita que o investimento na recuperação das imagens confirma que o colégio está colaborando com as investigações. “Vamos protocolar toda esta documentação, com toda a cronologia para que seja apurado os motivos destas divergências de informações que estão sendo prestadas”, finalizou.

Polícia Civil

Nossa equipe entrou em contato com a PCPE, que afirmou, através da assessoria, que não comenta estratégia da defesa.

Investigação

O funcionário Alisson Henrique Carvalho segue foragido e pode responder pelo crime de fraude processual. Informações sobre o acusado devem ser repassadas para a polícia através dos telefones (81) 9 8650-1229/(81) 9 8256-4545/(81)/9 8170-2525 e (81) 3719-4545.

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