Tumor é o mais comum e há tipo agressivo; nesta semana, Bolsonaro passou por um procedimento para investigar possibilidade de lesão.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Uma mancha na pele que só cresce. Às vezes coça, sangra, não cicatriza. Estes são alguns dos sintomas que podem indicar câncer de pele, o tipo mais comum de câncer no Brasil e em todo o mundo. A doença costuma surgir com mais frequência nas áreas que são mais expostas à radiação ultravioleta, como face, mãos e tronco.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro realizou procedimento dermatológico no Hospital da Força Aérea Brasileira (HFAB) para investigar a possibilidade de câncer de pele. “Foi rotina”, disse Bolsonaro.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que o câncer de pele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Os três tipos de câncer de pele mais comuns são o carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e o melanoma maligno. O diagnóstico da doença vai variar desde uma mancha simples que nunca evolui até o quadro de tumor mais agressivo, que pode levar à morte. Mesmo casos menos agressivos demandam tratamento. “Se não forem tratados, podem crescer muito e até destruir o tecido ao redor”, diz o oncologista Antonio Carlos Buzaid, do Instituto Vencer o Câncer.
Detecção. O câncer de pele é detectável por meio de um exame clínico feito pelo dermatologista. Também é feita uma dermatoscopia, que consegue analisar pontos que identificam o câncer de pele. “E, para fechar o diagnóstico, precisamos fazer uma exérese (cirurgia para retirar parte de um órgão) dessa lesão e análise”, explica Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A metástase é mais comum no melanoma. “Se for melanoma, que é o tipo mais agressivo de câncer, o paciente terá de fazer uma retirada ampla da pele ao redor da lesão”, diz Maria Paula. Dependendo do tipo de câncer, é preciso acompanhar a lesão por alguns anos.
Para prevenir o câncer de pele, especialistas recomendam o uso de filtro solar em todas as áreas que podem ser expostas ao sol, como rosto, couro cabeludo, braços e pernas. O próprio paciente pode perceber alguma mancha suspeita no corpo e buscar atendimento. Desde 2014, a campanha Dezembro Laranja, da SBD, busca mostrar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. (Fonte: Estadão Conteúdo – Por Tuchlinski)