Motoristas interditam estradas desde a noite do domingo, 30, e fazem manifestações contra a vitória de Lula; bloqueios já somam mais de 320
Grupos de caminhoneiros estão se mobilizando e fechando rodovias em diferentes locais após a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais. O resultado foi divulgado na noite de domingo, 30, e, horas depois, começaram as manifestações. Foram registrados mais de 320 pontos de paralisação no país. Às 20h33, balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontava bloqueios em 25 Estados e no Distrito Federal. Segundo o levantamento da corporação, apenas no Amapá não houve ocorrências. Como a Jovem Pan mostrou, o Ministério Público Federal deu um prazo de 24 horas para que a PRF se manifeste sobre o que está sendo feito para liberar as estradas. A Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do MPF encaminhou um ofício a procuradores-chefes questionando que medidas serão tomadas para coibir eventual omissão ou facilitação dos agentes da PRF na garantia da manutenção do fluxo nas rodovias federais.
Além disso, em São Paulo, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo criou uma força-tarefa para investigar as circunstâncias dos bloqueios. Sarrubbo criou um Núcleo de Atuação Integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Vídeos dos movimentos circulam pelas redes sociais. Neles é possível ver uma grande quantidade de caminhões e veículos de grande porte parados nas grandes vias. Alguns manifestantes afirmam que os resultados que deram a vitória ao petista foram fraudados, enquanto outros defendem a intervenção militar e exigem a atuação das forças armadas para que liberem as vias. À Jovem Pan, a PRF informou que segue monitorando a situação e que está empregando seu efetivo para garantir o fluxo nas vias.