
Alvo da Operação Spot-fixing há cinco meses, o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, foi indiciado pela Polícia Polícia Federal, nesta terça-feira (15), por crime de fraude a competição esportiva. O inquérito identificou indícios de participação do jogador de futebol na manipulação do mercado de cartões para favorecer seus familiares. E o crime teria ocorrido durante a partida entre seu clube e o Santos, ocorrida em 1º de novembro de 2023, válida pelo no Campeonato Brasileiro da Série A, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Outras 10 pessoas também foram indiciadas pelo crime que prevê de dois a seis anos de reclusão, segundo a Lei Geral do Esporte. O ilícito penal é configurado quando alguém dá, promete, solicita ou aceita vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de alguma competição esportiva, loteria e até site de aposta. A pena prevista é igual para quem praticar ou contribuir com a fraude.
Em nota divulgada na noite de ontem, o Flamengo disse que não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública sobre o caso envolvendo Bruno Henrique. “O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito”, disse o clube carioca.
A investigação
Em novembro do ano passado, a Operação Spot-fixing levou às ruas mais de 50 policiais federais e seis integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Publico do Distrito Federal (GAECO/MPDFT), para cumprir 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do DF, nas capitais Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e nas cidades mineiras de Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves.