Bruno Covas (PSDB) venceu o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, e foi reeleito prefeito da cidade de São Paulo – a maior do país. Com todas as urnas apuradas, Covas somou 3.169.121 de votos, 59,38% do total, enquanto Boulos recebeu 2.168.109 votos, encerrando a disputa com a preferência de 40,62% dos paulistanos. Eleito como vice-prefeito em 2016, na chapa de João Doria (PSDB), Covas assumiu a prefeitura da capital em 2018, quando o então prefeito renunciou ao cargo para disputar o governo do estado. Antes de chegar à prefeitura da maior cidade do país, Covas foi deputado estadual entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2010, secretário estadual do Meio Ambiente, entre janeiro de 2011 e abril de 2014, e deputado federal de fevereiro de 2015 a janeiro de 2017. No primeiro turno, Covas recebeu 32,9% dos votos válidos, contra 20,2% de Boulos. Ex-governador do estado, Márcio França (PSB) obteve 13,6% dos votos, seguido pelo deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) – apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro – com 10,5% dos votos.
Desde o início da campanha, Bruno Covas defendeu a continuidade de sua gestão e explorou o fato de Boulos não ter sido eleito para nenhum cargo anteriormente. Nas propagandas de rádio e televisão, o tucano destacou os feitos de sua administração, como o programa habitacional que entregou 50 mil moradias, parte delas por meio de um programa de parceria-público-privada (PPP), com foco nas famílias com renda de até três salários mínimos.
Em seu plano de governo, o tucano afirma que a medida “também vai dinamizar o mercado de trabalho e ajudar a recuperar a economia no pós-pandemia, com geração de mais de 49 mil empregos diretos”. O prefeito eleito também promete vagas para filhos de mães que realizarem o pré-Natal no programa “Mãe Paulistana” e descarta ampliar a gratuidade no transporte público para desempregados, por exemplo. “Quando falamos em gratuidade, falamos em aumento de subsídio. Isso significa retirar da educação, da saúde, ou de qualquer outro setor. Não há mágica, não adianta achar que a prefeitura é um saco sem fundo. Ampliar gratuidade é retirar recurso de algum setor importante para a dinâmica da cidade”, disse em entrevista à Jovem Pan, ainda no primeiro turno.