O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, neste sábado (12), que seu partido deve abrir o que chamou de “caixa-preta” para mostrar à população “o que é feito” com os recursos que a sigla recebe. Em entrevista ao G1, ele afirmou querer “transparência” dentro do PSL e reafirmou a possibilidade de sair do partido.
“Não estou atrás de fundo partidário. Fiz minha campanha com R$ 2 milhões da vaquinha virtual. O partido ganha R$ 8 milhões por mês. É dinheiro público, e todo mundo tem que saber o que é feito com esse dinheiro. É uma caixa-preta que tem que ser aberta pelo PSL”, declarou. “Nós queremos é transparência. Não quero que apareçam problemas no partido e que, apesar de não fazer parte da executiva, eu venha a ser responsabilizado, como maldosamente têm me responsabilizado pelo que acontece ou aconteceu em qualquer parte do Brasil envolvendo o PSL”, continuou
Na sexta-feira (11), o presidente e mais 20 deputados federais, além do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), pediram ao presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar, dados sobre as contas do PSL. O objetivo é usar os documentos, que devem ser apresentados em um prazo de cinco dias, para promover uma auditoria independente.
Bolsonaro também disse que pode mesmo deixar o partido. “Lógico que existe [ a possibilidade de deixar o PSL], não vou negar. Nós queremos ver se há uma maneira de compor, o que é muito difícil, porque a executiva no meu entender tem que abrir, tem que ser democrática”, finalizou.