Jair Bolsonaro acompanhou de perto a conquista do título da Copa América pelo Brasil, no Maracanã.
E ao final do jogo, aceitou o convite para participar da cerimônia de premiação no campo.
Entre vaias e aplausos, o presidente chegou até mesmo a posar para fotos em meio a taça e os jogadores campeões.
A ideia do Palácio do Planalto era aproveitar o jogo contra o Peru para fortalecer a imagem pública de Bolsonaro.
E garantir apoio a Sergio Moro, que estava entre os ministros que acompanharam o chefe do Executivo na tribuna.
O titular da Justiça tem sido pressionado por denúncias de suposta interferência nas ações da Operação Lava-Jato.
Trocas de mensagens entre ele e integrantes da força-tarefa têm sido reveladas pelo site “The Intercept Brasil” junto com alguns veículos de imprensa.
O ex-juiz questiona a autenticidade e não reconhece as conversas divulgadas nas últimas semanas.
Ontem, conteúdos publicados pelo jornal “Folha de São Paulo” sugerem que Moro e o procurador Deltan Dallagnol atuaram para expor dados das delações da Odebrecht.
O objetivo seria divulgar informações sigilosas referentes a casos de suborno da empresa na Venezuela para dar uma resposta política ao regime de Nicolás Maduro.
Em uma publicação na internet, Sergio Moro questionou o propósito da revelação feita pelo jornal.
E lembrou que o país vizinho é conhecido por censurar e perseguir procuradores e juízes, que não podem agir com autonomia.