O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (3). Durante cerimônia de inauguração de trecho da BR-487, em Umuarama, no Paraná, Bolsonaro disse, sem citar os ministros da Corte, que “surgiu uma nova classe de ladrão” que tenta “roubar nossa liberdade”.
“Nós todos aqui, e não apenas eu, temos problemas internos no Brasil. Hoje, não [há] mais os ladrões de dinheiro do passado. Surgiu uma nova classe de ladrão, são aqueles que querem roubar nossa liberdade”, afirmou.
“Além da liberdade de expressão, nós defendemos o direito de ir e vir de vocês. Não pude admitir a prisão de um parlamentar por ter falado algo que eu não gostaria de ouvir. Mas a liberdade de expressão ou nós temos ou não temos”, disse Bolsonaro, sem citar o deputado Daniel Silveira (PTB) pelos ataques que fez ao Supremo. Em abril, Bolsonaro concedeu perdão que anulou a pena do parlamentar.
O presidente afirmou ainda que, se for necessário, vai à guerra. “Se precisar, iremos à guerra. Mas quero um povo ao meu lado consciente do que está fazendo e do por quem está lutando”, disse.
“Poucos na Praça dos Três Poderes podem muito, mas nenhum deles pode tudo. A liberdade não tem preço, e parece que alguns não querem entender. A liberdade é mais importante que a própria vida, porque um homem ou uma mulher sem liberdade não tem vida”, completou.
Ontem, em sua live semanal, Bolsonaro enalteceu a decisão monocrática de Kassio Nunes Marques que anulou a condenação do deputado Felipe Francischini por fake news sobre as eleições de 2018. O presidente ainda apoiou o parlamentar, dizendo que houve fraude “em larga escala”.