Neste sábado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o governador da Bahia, Rui Costa (PT), passaram o dia trocando acusações. Para jornalistas, Bolsonaro insinuou: “Quem foi responsável pela morte do capitão Adriano foi a PM da Bahia, do PT. Precisa dizer mais alguma coisa?”. Costa respondeu pelo twitter, declarando que o Governo baiano “não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça“.
O presidente já tinha avisado que elaboraria uma resposta para a afirmação de Rui Costa, o que fez no final do dia, também pelo twitter. Ele afirma que a Polícia Militar da Bahia, sob ordens de Rui Costa, executou sumariamente Adriano da Nóbrega. Em nenhum momento, Bolsonaro se refere ao ex-PM como miliciano, e ressalta que nenhuma das condenações contra ele transitou em julgado. Por fim, compara a sua morte aos assassinatos do ex-prefeito do PT, Celso Daniel, da vereadora carioca do PSOL, Marielle Franco, e do motorista dela, Anderson Gomes. Confira:
A briga entre Bolsonaro e Rui Costa gira em torno da morte do miliciano Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro, e que chefiava o chamado Escritório do Crime – ligado às milícias. Ele já foi homenageado na Assembleia Legislativa carioca pelo filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, e familiares do miliciano já ocuparam cargos nos gabinetes dos Bolsonaro.
O ex-PM foi morto em confronto com a Polícia Militar da Bahia no último final de semana (09). A partir daí, muitas ilações foram feitas sobre o caso, desde se tratar de possível “queima de arquivo”, por conta do tamanho do efetivo policial enviado para sua captura, até sobre possíveis mandantes do assassinato. A esquerda acusa os Bolsonaro, que acusam a esquerda. O caso ainda está sendo investigado.