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Bolsonaro: “até agora Morais não descobriu quem foi o golpista, porque não houve golpe”

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Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na manhã deste sábado (18/1), que a situação dele é “triste” por estar sendo perseguido por “uma pessoa”, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A declaração foi feita aos jornalistas no Aeroporto de Brasília, onde Bolsonaro se despediu da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que viajará aos Estados Unidos para prestigiar a posse do presidente Donald Trump. O ex-presidente ponderou que não houve tentativa de golpe. “É triste a situação em que eu me encontro, perseguido por uma pessoa que até agora não descobriu quem foi o golpista do 8 de janeiro. (É) porque não teve. Não teve golpe. Não houve tentativa de golpe”, afirmou Bolsonaro.

Ele também criticou Moraes, destacando o papel do ministro em “ataques à direita”. “Eu escuto o Alexandre de Moraes atacando a direita. Ou seja, ele toma partido político. Eu sou do tempo em que os juízes falavam nos autos, agora é diferente. Eu tenho certeza de que, recuperando minha elegibilidade, eu ganho as eleições. Agora, inelegível, é uma prova de que estamos em uma democracia igual à da Venezuela, onde a oposição é eliminada”, disse o ex-presidente, citando exemplos de outros países.

O ex-presidente acrescentou que se sente um “preso político”, apesar de não utilizar tornozeleira eletrônica. “Espero que a sua excelência não queira colocar em mim para humilhar de vez (a tornozeleira). Estou, sim, constragindo. Queria acompanhar minha esposa (aos EUA). Eu queria estar lá, (porque) pré-aceitei o encontro com chefes de Estado, via Eduardo Bolsonaro”, disse Bolsonaro, em indireta a Moraes.

Processo contra Haddad

Na coletiva, Bolsonaro também chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “bebum”. O ex-chefe do Palácio do Planalto aproveitou para anunciar que processará o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o petista implicá-lo na crise do pix.

Aos jornalistas, Bolsonaro fez duras críticas ao atual governo petista. “Nós queremos o melhor para o país e torço para dar certo, mas não tem como dar certo quando você vê um ‘bebum’ dirigindo um carro (o país). Não tem como dar certo. Um homem que não tem compromisso com a família, que diz que o marido ama mais as amantes”, disparou.

“Eu estou triste com a ida da minha esposa. Eu a amo, diferentemente dele, que é um cara que não tem nada a oferecer para nós. Nada. Zero. E alguns acham que vai dar certo. Não vai dar certo”, completou Bolsonaro, no Aeroporto de Brasília.

O ex-presidente também afirmou que processará Haddad após uma entrevista do ministro à CNN Brasil, na qual o petista afirmou que Bolsonaro estaria por trás de um vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre uma “possível taxação do pix”.

Na ocasião, Haddad mencionou episódios envolvendo o ex-presidente, como o “caso das joias” e a aquisição de mais de 100 imóveis pela família Bolsonaro desde os anos 90, o que Bolsonaro considerou uma calúnia. “Me acusa do que ele faz. Ele não olha para o chefe dele e o que o chefe dele fez (…) Me acusa por acusar. Eu só tenho um caminho: ir à Justiça e processá-lo, como vou fazer”, finalizou.

Correio entrou em contato com o ministro, que preferiu não se manifestar.

Michelle na posse de Trump

Antes de embarcar para a posse do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em Washington, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, na manhã deste sábado (18/1), que Bolsonaro é alvo de perseguição.

Para os jornalistas e apoiadores que acompanhavam o embarque, no Aeroporto de Brasília, Michelle acrescentou que Bolsonaro enfrenta injustiças. “Meu marido está sendo perseguido, mas, assim como aqueles que Deus envia, serão perseguidos. A gente sabe disso”, disse.

“Que Deus tenha misericórdia da nossa nação, do meu marido, assim como de um grande líder. Ele é o maior líder da direita, que elegeu, (mesmo) ‘inelegível’, o maior número de vereadores e prefeitos. É um certo medinho que eles têm do meu marido”, afirmou.

Posse de Trump

O passaporte de Bolsonaro está retido no âmbito de uma investigação da Polícia Federal sobre uma suposta organização criminosa que teria como objetivo impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter o ex-presidente no poder. Os investigadores apontaram indícios de possível fuga.

Na tentativa de sensibilizar Alexandre de Moraes, os advogados de Bolsonaro argumentaram que ele viajou à Argentina em dezembro de 2023, antes da apreensão do documento, e retornou ao Brasil, assim como fez após um período nos Estados Unidos. Para a defesa, esses fatos demonstrariam sua intenção de permanecer no país.

Apesar disso, Moraes rejeitou o pedido, tanto na análise inicial quanto em recurso apresentado posteriormente.

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