Resultado representa alta de 32% em relação ao mesmo período do ano passado
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou lucro líquido recorde de R$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma alta de 32% em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com o banco, o resultado foi influenciado pela receita com dividendos da Petrobras, que também teve recorde de R$ 44,5 bilhões, venda de ações do BDNES em outras empresa e ainda reclassificação de investimento no frigorífico JBS. Os desembolsos do banco entre janeiro e março atingiram quase R$ 15 bilhões, um crescimento de 31% em relação ao ano passado. As micro, pequenas e médias empresas representaram quase 40% desse montante emprestado pela instituição. A inadimplência acima de 90 dias ficou em apenas 0,21% em março deste ano.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, comemorou o resulto recorde e afirmou que mais importante que lucros e desembolsos é a qualidade do desempenho apresentado. “A gente entende que o BNDES como um banco de desenvolvimento não tem que fazer uma atividade pelo mero ganho especulativo financeiro. Tudo que a gente faz tem que ter obviamente o retorno de sustentabilidade financeira, mas gerar algum desenvolvimento de impacto social na ponta, o que não é o caso dessa carteira de ações especulativas de empresas maduras. Então, o lucro reflete justamente o ajuste de rota do banco. Não vemos ele como um problema, ele é a solução de colocar o BNDES na sua trilha de gerar impactos na sociedade”, afirmou. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social devolveu ao Tesouro Nacional R$ 4 bilhões e tem o compromisso de entregar mais R$ 30 milhões até o final do ano por causa de empréstimos feitos de forma subsidiada no passado.