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Bate-bocas marcam 1ª parte de sessão do impeachment

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altA sessão durou pouco mais de três horas e meia e teve de ser interrompida por alguns minutos depois que parlamentares trocaram xingamentos em plenário.

Agência Estado / Foto: Reprodução

A primeira manhã do julgamento final do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, foi dedicada a discutir questões de ordem apresentadas pelos senadores e marcada por bate-boca entre parlamentares. A sessão durou pouco mais de três horas e meia e teve de ser interrompida por alguns minutos depois que parlamentares trocaram xingamentos em plenário.

Responsável por conduzir a sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou todos os 10 questionamentos apresentados por aliados de Dilma, o máximo que poderiam apresentar. Eles apresentaram argumentos para tentar suspender o julgamento, arquivar a denúncia que embasa o pedido de impeachment e suspender o depoimento de uma testemunha de acusação.

A cada questão colocada, aliados do presidente em exercício, Michel Temer, acusavam os parlamentares contrários ao impeachment de “chicana” e tentativa de “procrastinação”. Os senadores da base do peemedebista querem encerrar o julgamento o mais rápido possível, para que Temer possa viajar para a reunião do G-20 na China já como presidente efetivo. A reunião ocorre no início de setembro.

O momento mais tenso desta manhã ocorreu depois de a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusar os pares de não terem “moral” para julgar a presidente afastada. A crítica causou reação e fez o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disparar contra o marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, que chegou a ser preso em uma operação da Polícia Federal. “Eu exijo respeito. Eu não sou assaltante de aposentado”, disse.

Senadores do PT reagiram, chamaram o democrata de “canalha” e pediram respeito ao PT. Durante o bate-boca, Caiado chegou a dizer para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fazer exame “antidoping” e não ficar “cheirando”. Após o fim do bate-boca, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu “serenidade” aos colegas para que o julgamento pudesse continuar. Senadores ainda protestaram contra o tom usado por Gleisi.

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