Com informações da Folha de S.Paulo
Os brasileiros andam divididos sobre a ideia de um possível processo de impeachment contra o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Contudo, o líder brasileiro mantém sua base de apoio, em cerca de um terço da população, estável. Além disso, cresceu o número de apoiadores à possibilidade de o presidente renunciar, devido à crise política em meio à pandemia do novo coronavírus. Agora, o número dos que querem a renúncia empata com os que rejeitam. Estes dados foram obtidos pela pesquisa realizada pela Datafolha, nesta segunda-feira (27), sob o impacto da saída de Sergio Moro do Ministério da Segurança Pública, na última sexta-feira (24).
De acordo com o instituto, 45% dos entrevistados querem que a Câmara abra um processo de impeachment contra Bolsonaro; 48% rejeitam a medida; e 6% preferiram não opinar. Foram entrevistadas por telefone 1.503 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais.
O apoio à renúncia cresceu, quando comparada à pesquisa feita de 1º a 3 de abril. Naquela época, 59% dos entrevistados se diziam contrários ao gesto. Agora, são 50%, empatados com os 46% que desejam a renúncia do presidente. No começo do mês, eram 37%.
Contudo, a avaliação geral de Bolsonaro se revelou estável ante à pesquisa mais recente do Datafolha, feita em dezembro, presencialmente. No momento, não é possível saber se houveram alterações na opinião pública, porque o instituto não fez essa pesquisa de lá pra cá.
Atualmente, 38% dos entrevistados acham Bolsonaro ruim ou péssimo; 33% o definem com bom ou ótimo e 26%, como regular. Em dezembro, eram, respectivamente, 36%, 30% e 32%. A melhor avaliação do presidente acontece entre moradores do Norte/Centro-Oeste (41% de aprovação) e os mais ricos (40%). A pior avaliação, entre nordestinos, (43% de rejeição) e habitantes do Sudeste (41%), além dos mais instruídos (47%).