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Autor de ataques na Nova Zelândia cita o Brasil em manifesto

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Brenton Tarrant é australiano e escreveu um documento com várias informações sobre o que o levou a cometer os crimes  / Foto: Handout / AFP

Brenton Tarrant é australiano e escreveu um documento com várias informações sobre o que o levou a cometer os crimes. O Brasil foi mencionado em uma seção intitulada de ”Diversidade é fraqueza”
Com informações da Folha de S. Paulo

O autor de dois ataques contra mesquitas nesta sexta-feira (15) na Nova Zelândia, que deixou 49 mortos e dezenas de feridos, publicou um manifesto com 73 páginas em sua conta no Twitter que explica os motivos e influências que o levaram a cometer o massacre. O arquivo foi escrito por Brenton Tarrant, de 28 anos, em inglês e intitulado como “The Great Replacement” (em português, “A Grande Substituição”).

“O Brasil, com toda a sua diversidade racial, está completamente fraturado como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e se separam e se segregam sempre que possível”, escreveu na seção intitulada “Diversity is weak” (em português, “Diversidade é fraqueza”).

No início do capítulo, Tarrant questiona o motivo pelo qual as pessoas dizem que “a diversidade é a nossa grande força” sem explicar a razão da afirmação. Na seção, homem cita também que os países “diversos” ao redor do mundo são “cenas de intermináveis conflito social, político, religioso e étnico”.

“Diversidade não é uma força. Unidade, propósito, lealdade, tradição, nacionalismo e o nacionalismo racial é o que fornece a força. Todo o resto é apenas lema”, encerrou a seção.

Para antecipar respostas de questionamentos futuros, Tarrant afirma que o objetivo do ataque é “garantir a existência do nosso povo e o futuro das crianças brancas”.

Influências

Dois jogos de videogame foram citados como influências para o atirador. “Sypro: Year of the Dragon me ensinou o etno-racionalismo”. No jogo, um dragão roxo deve recolher diamantes e ovos em florestas. Fortnite, jogo no qual as pessoas escolhem armas e atiram contra outros jogadores, “o treinou para ser um assassino e para usar o fio dental nos cadáveres dos meus amigos”.

Tarrant não cita nenhum grupo ou organização com o qual se identifica, mas afirmou que doou (sem explicar o quê) e que interagiu com grupos nacionalistas.

Descrição

No início do manifesto, Brenton Tarrant se define como “apenas um homem branco comum, de 28 anos. Nascido na Austrália em uma família de classe trabalhadora e de baixo salário”.

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