Glenn Greenwald, não só falou com integrantes do grupo de hackres, como também tratou com eles da estratégia de publicação do material roubado
Informações da Revista Crusoé / Foto: reprodução
Em trecho de conversa, o hacker e estudante de direito Luiz Henrique Molição, Danilo Gentili, MBL e [Fernando] Holiday são citados como possíveis agentes invadidos durante o período das eleições de 2018, conforme você pode conferir na íntegra abaixo.
Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, não só falou com integrantes do grupo preso pelo roubo de mensagens trocadas por autoridades pelo aplicativo Telegram como ele também tratou com eles da estratégia de publicação do material roubado.
O diálogo ocorreu em 7 de junho deste ano — três dias depois do surgimento da notícia de uma tentativa de invasão ao celular de Sergio Moro e dois dias antes da publicação das primeiras reportagens do Intercept com base nas mensagens roubadas.
O trecho a seguir foi obtido pela Revista Crusoé, a conversa foi encontrada no Macbook de Walter Delgatti Neto, o Vermelho, um dos presos na primeira fase da Operação Spoofing. Molição, detido na semana passada, é apontado pelos policiais como um dos parceiros de Vermelho na trama.
De acordo com os investigadores, o diálogo sustenta a suspeita de que Vermelho não agiu sozinho, como ele mesmo fez crer em depoimentos prestados logo após ser preso, em 23 de julho. Confira a conversa abaixo:
Glenn Greenwald – Tudo bom?
Luiz Molição – Então, é… A gente… Eu estava discutindo com o grupo… Eu queria falar com você um assunto.
Glenn – Hã…
Luiz Molição – É… Como tá agora tá saindo muita notícia sobre isso, a gente chego… Nos…
Glenn – Sim.
Molição – Chegamos à conclusão que eles estão fazendo um jogo para tentar desmoralizar o que está acontecendo.
Glenn – Hã hã…
Molição – Igual o que aconteceu com o Danilo Gentili, e… o MBL, o Holiday… A gente pegou outubro do ano passado. Eles estão começando a falar agora…
