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Atos contra bloqueio de verbas na Educação ocorreram em 222 cidades do Brasil

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A Avenida Paulista foi tomada por manifestantes nesta quarta-feira (15)

A Avenida Paulista foi bloqueada em ambos os sentidos por manifestantes nesta quarta-feira (15). Eles protestaram contra o congelamento de verbas anunciado pelo Ministério da Educação, Abraham Weintraub. Além da capital paulista, todos os estados do país e o Distrito Federal também tiveram atos.

Pelo menos 222 cidades tiveram atos contra a medida do MEC. Instituições de ensino também convocaram paralisações contra o bloqueio de 3,5% do orçamento da pasta. As manifestações também foram aderidas por sindicatos e movimentos estudantis.

Em São Paulo, os estudantes se reuniram no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, na tarde desta quarta. Pelo menos quatro quadras da região foram bloqueadas pelos manifestantes. Alunos da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam uma entrada do campus da universidade, na zona oeste da cidade, e foram andando até a Paulista.

O estado também teve manifestações em Campinas, Sorocaba, Santos, Jundiaí, Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, entre outras cidades do interior e do litoral paulista.

Estudantes protestam contra o bloqueio na educação em todo o país; veja imagens

No Rio de Janeiro, estudantes se encontraram na Candelária, no centro da cidade. Universidades públicas paralisaram suas atividades e liberaram os alunos para irem às ruas. Os atos também aconteceram em cidades do interior e da Região dos Lagos. No final da manifestação, a polícia militar entrou em confronto com alguns manifestantes. Bombas de efeito moral foram soltas. Um ônibus acabou incendiado, na Avenida Presidente Vargas, na altura da Avenida Passos

Em Belo Horizonte, o protesto começou às 7h com alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Os atos se concentraram no centro da capital mineira.

Em Brasília, manifestantes se reuniram na Biblioteca Nacional, na Esplanada dos Ministérios, e marcharam até a Praça dos Três Poderes. Segundo a organização, cerca de 50 mil pessoas participaram do ato.

Em Salvador, o protesto também reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo os organizadores. As escolas públicas e particulares tiveram as aulas suspensas. Ainda no Nordeste, Fortaleza, Natal e Teresina também tiveram atos.

Em Belém, a manifestação reuniu estudantes e profissionais das Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Instituto Federal do Pará (IFPA). Cerca de 10 mil pessoas estiverem presentes.

Confronto

Já em Porto Alegre, a Brigada Militar entrou em confronto com estudantes pela manhã. Agentes usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar manifestantes que bloqueavam uma via em frente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O estado também teve atos em Santa Maria, Rio Grande, Uruguaiana, Pelotas e outras cidades.

Bloqueio de verbas

Os protestos desta quarta-feira são contra o contingenciamento de verbas para universidades públicas. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o contingenciamento do orçamento das instituições federais de ensino superior foi de 3,4%, porque o bloqueio de 30% irá atingir apenas as despesas não obrigatórias das instituições, que representam menos de 12% do orçamento do MEC.

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