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Assessores de Moraes lastimaram proteção dos EUA a Allan dos Santos

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Foto: reprodução

Por Déborah Sena / Diário do Poder

As mensagens de conversas vazadas entre assessores de Alexandre de Moraes, apelidadas de Vaza Toga, revelam a frustração do gabinete do ministro com a falta de cooperação internacional contra o blogueiro Allan dos Santos.

A troca de mensagens ocorreu em novembro de 2022, entre Airton Vieira, assessor de Moraes no STF, e Marco Antônio Vargas, do gabinete da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O nome de Allan dos Santos voltou à tona no grupo de WhatsApp dos juízes depois que ele apareceu em vídeo durante um protesto em Nova York, em frente ao hotel onde Moraes e outros ministros do STF estavam hospedados para participar da Lide Brazil Conference. O evento contou também com as presenças de Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e o então ministro Ricardo Lewandowski.

No dia 14 de novembro de 2022, o juiz Marco Antônio Vargas compartilhou no grupo uma mensagem de Moraes, pedindo que Airton Vieira pressionasse a Polícia Federal (PF) sobre o alerta vermelho da Interpol contra Allan dos Santos. Em resposta, Vieira enviou um áudio esclarecendo a situação: “O pedido do alerta vermelho já foi feito há mais de ano, mas está emperrado em Lyon, sede da Interpol. Até agora, não foi atendido, e os pedidos reiterados do Brasil foram simplesmente ignorados.”

Vieira desabafou. “O escritório central da Interpol, em Lyon, não coloca o nome dele no alerta vermelho, os EUA não respondem ao pedido de extradição, e a situação é essa”.

Na última quarta-feira, 14 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, determinou a prisão de Allan dos Santos, acusando-o de intimidar policiais federais envolvidos em inquéritos que tramitam no STF. A medida faz parte da Operação Disque 100 da PF, que investiga uma estrutura de obstrução de investigação de organizações criminosas, incluindo a divulgação de dados protegidos e a corrupção de menores.

No entanto, a nova ordem de prisão não foi executada, pois Allan dos Santos permanece fora do Brasil, sendo considerado foragido da Justiça brasileira. Ele é alvo dos inquéritos que apuram as atividades das milícias digitais e a disseminação de fake news.

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