Líderes defenderam acordo com o governo, mas parte da categoria discordou.
Do JC Online
Após várias rodadas de negociação, a possibilidade de greve da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Pernambuco está praticamente descartada. Durante uma assembleia tumultuada realizada na tarde desta terça-feira (10) no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, os cerca de 1000 representantes da categoria não chegaram a um acordo com relação à proposta apresentada pelo governo do Estado nessa segunda-feira (09). Os líderes das associações da categoria defenderam que este momento não é propício para um greve. Parte da categoria discordou e ainda quis realizar uma passeata, mas desistiu. Segundo as associações, os policiais seguem trabalhando normalmente nas suas escalas.
A reunião teve início com a apresentação das propostas das secretarias de Administração e Defesa Social, anunciadas nesta segunda-feira (9), de promoção de 5.485 homens da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Pernambuco. Além das mudanças nas graduações e postos dos militares, eles também passarão a receber R$ 246,40 de vale-refeição (aumento de 60%) e a Gratificação de Motorista será reajustada em 82,52%, ficando em R$ 160.
No entanto, muitos não abrem mão do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), cuja proposta inclui o aumento do quadro de policiais, que hoje gira em 19.231 trabalhadores e do aumento salarial, que ainda não teve seu percentual definido. A categoria também pede a implantação do subsídio, uma parcela única de remuneração. Novas reuniões para discutir a pauta de reivindicações estão marcadas para o mês de maio. O movimento é organizado por sete associações, incluindo a Associação dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (Apebom), Associação de Cabos e Soldados (ACS) e Associação de Praças de Pernambuco (Aspra-PE).