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As fragilidades do ensino: Resultado do Ideb mostra que o País estagnou na Educação

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Foto: reprodução

Por Estadão

Mais do que apontar uma incômoda estagnação na qualidade de ensino e confirmar fragilidades na aprendizagem de Português e Matemática, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 revelou o tombo de São Paulo, o Estado mais rico do País, na corrida educacional. Repetido a cada dois anos, o Ideb é elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), e tem como principal objetivo apurar a qualidade da Educação para aproximar o Brasil do nível médio de aproveitamento dos países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Das metas estabelecidas para as avaliações dos três níveis de ensino – Fundamental I e II e Ensino Médio – apenas uma foi atingida, relativa aos primeiros anos do ensino fundamental, com nota 6, exatamente o limite mínimo estabelecido, em uma escala de zero a 10; as outras duas ficaram aquém do objetivo. Considerando apenas as escolas da rede pública, também nessa etapa o resultado (5,7) foi inferior ao esperado. Vale ressaltar que as metas foram fixadas para o ano de 2021 e mantidas para 2023 por causa das distorções que o prolongado período de suspensão das aulas presenciais durante a pandemia produziu na qualidade de ensino.

A superintendente da organização Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, fez uma análise certeira ao identificar na qualidade das políticas públicas, mais do que mesmo no volume de capital investido, o sucesso ou o fracasso educacional. Mais do que isso, enfatizou como políticas contínuas bem desenvolvidas podem fazer a diferença na formação estudantil. “Estados com continuidade de políticas públicas, mesmo com mudanças de governo, como Ceará, Paraná e Goiás, têm mostrado bons resultados”, disse a especialista ao jornal Valor.

Não há como atribuir os resultados de 2023 especificamente a um ou outro governo. O avanço educacional depende de um somatório de contribuições num terreno que obrigatoriamente tem de estar acima de questões político-partidárias.

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