A primeira opção é a migração para o grupo político do deputado Rodrigo Maia, ora em busca de criar um novo partido para abrigar políticos do DEM e dissidentes do PSB.
Por Inaldo Sampaio / Coluna Fogo Cruzado – 21 de julho
Caso consume sua saída do PSB, o senador Fernando Bezerra trabalha com duas alternativas. A primeira é a migração para o grupo político do deputado Rodrigo Maia, ora em busca de criar um novo partido para abrigar políticos do DEM e dissidentes do PSB.
Esse projeto, porém, perdeu força na semana passada após a CCJ da Câmara Federal rejeitar a denúncia do MPF contra Michel Temer. Tivesse o parecer do deputado Sérgio Zveiter sido aprovado, cresceriam as chances de o próprio Rodrigo assumir a presidência da República por 180 dias, e depois convocar uma eleição indireta para a escolha do sucessor de Temer, que poderia ser ele próprio.
Essa hipótese, hoje, está praticamente descartada. A segunda alternativa do senador é assumir o controle do PSD em Pernambuco, tendo em vista que o seu presidente, deputado André de Paula, já anunciou que votará favoravelmente, no plenário, à denúncia contra Michel Temer. O Planalto está jogando pesado contra seus opositores e André poderá ser a próxima vítima.
Cantando de galo
Costuma-se dizer em Petrolina que Fernando Bezerra Coelho, fraco, já costuma cantar de galo, que dirá com força política! Ele tem mais 5 anos de mandato de senador, um filho ministro (Fernandinho) e outro prefeito de Petrolina (Miguel). O senador bancou o nome do filho para o ministério, contra a vontade do PSB local e nacional, e o da deputada Tereza Cristina (MS) para líder da bancada na Câmara Federal e ela derrotou o pernambucano Tadeu Alencar.
Liberdade – Paulo Câmara pretende agir como Miguel Arraes em relação ao senador Fernando Bezerra Coelho e seu grupo político. Em 1998, após Jarbas eleger-se para o governo estadual, assessores de Arraes foram a ele com uma lista de prefeitos que ameaçam sair do PSB para acompanhar o governador eleito. Resposta de Arraes: “Não vou passar a mão na cabeça de ninguém. Quem quiser sair, saia!”.