Para o senador, o fato de o PT ter deixado as alianças de lado para respaldarem um nome do próprio partido, seria até para “resgatar sua identidade”
Por Antônio Carlos Miranda – Blog do Britto / Foto: reprodução
Ainda cortejado por uma parte da ala do PT para ser o candidato da legenda na disputa estadual majoritária deste ano, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) praticamente enterrou essa possibilidade. Um dos que integram a Frente ‘Pernambuco Quer Mudar’, de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), Armando marcou presença em Petrolina, no dia de ontem (27), em mais um ato público do grupo, e deixou claro que os petistas já fizeram sua opção por uma candidatura própria.
Para o senador, o fato de o PT ter deixado as alianças de lado para respaldarem um nome do próprio partido, seria até para “resgatar sua identidade”. Armando chegou inclusive a elogiar a vereadora do Recife Marília Arraes – a mais cotada do PT para a disputa. “Ela é combativa e tem condições de defender seu projeto”, afirmou.
No discurso que fez ontem em Petrolina, o senador lembrou ter ficado em lados opostos, no episódio do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, aos que hoje reforçam o palanque das oposições. Também não descartou ter o mesmo posicionamento em relação ao cenário nacional, que para ele “ainda está indefinido”.
Mas Armando mostrou-se tão empolgado com a possibilidade de ser mais uma vez candidato a governador quanto um dos principais nomes do grupo ao qual faz parte – seu colega de Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB). “Meu nome está à disposição do grupo. O senador Fernando disse que talvez fosse o mais animado. Eu quero chamar ele depois pra gente dançar um frevo, e vocês vão dizer quem ficou mais animado”, afirmou.
Projeto coletivo
O senador petebista ressaltou mais uma vez que o projeto das oposições que deve prevalecer é o coletivo, e não o individual, assegurando que qualquer dos nomes escolhido terá o respaldo dos demais. “Esse é compromisso que temos juntos. Eu vejo aqui pessoas que estão publicamente assumindo um compromisso. Nós não podemos rasgar compromissos nem na esfera privada, muito menos na esfera pública”, finalizou.