Senador questiona divergências entre o PSB nacional e a bancada pernambucana do partido, que votou contra PEC 241.
Por Ismaela Silva – Rádio Jornal / Foto: Reprodução
Em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (26) o senador e ex-ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, defendeu a PEC 241 que limita um teto para os gastos federais por 20 anos. Armando avalia que a definição de um teto será benéfica porque “na medida em que você coloca um teto sobre a despesa econômica e há uma disciplina no gasto global vai ser valorizada uma discussão mais qualificada do que são realmente gastos prioritários da sociedade. E aí você vai ter que atender mais algumas áreas em detrimento de outras”, explica.
O senador criticou ainda a divergência entre a bancada nacional do PSB com a de Pernambuco,que se posicionou contra a PEC do teto dos gastos enquanto o partido foi a favor. “A bancada de Pernambuco fica nessa posição que parece contraditória. O PSB carece de uma liderança, de uma voz, e por conta disso em matérias mais sensíveis o partido se divide e fica numa posicao ambígua”, argumenta Armando.
Em sabatina também nesta quarta na Rádio Jornal o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), justificou que a bancada pernambucana do partido se coloca contra a PEC, entre outros motivos, por não ter sido imposto um teto para os juros. O argumento, na visão do mistro é considerado “demagógico”. Ele critica “é uma posição absolutamente demagógica. É algo que você coloca porque sabe que não vai acontecer, só se coloca na retórica, no discurso. É necessario que o debate possa ser feito sem demagogia, não há como estabelecer teto para gastos de juros”, conclui.