O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (11/9), que levou ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, a ideia de treinar jovens alistados nas Forças Armadas para combater incêndios e outros desastres climáticos.
Segundo o chefe do Executivo, a medida resultaria em um reforço de 70 mil profissionais atuando no combate à crise climática.
“Quem sabe a gente devesse aproveitar esses jovens que vão servir o Exército para que a gente formasse eles, especializasse, exatamente na defesa civil, para que eles estivessem preparados para enfrentar desastres climáticos”, sugeriu o presidente em entrevista à Rádio Norte FM, nesta quarta-feira (11/9).
“São 70 mil jovens por ano que a gente pode preparar e torná-los profissionais de combate à questão climática”, complementou.
O presidente viajou ao Amazonas nessa terça-feira (10/9) para visitar regiões afetadas pela seca. Na ocasião, ele anunciou a criação de uma autoridade climática e um comitê técnico-científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federal.
Crise
O Brasil enfrenta uma alta nas queimadas, sobretudo nas regiões do Pantanal e Amazônia, impulsionada pela seca prolongada e mudanças climáticas.
De acordo com o último boletim do Ministério do Meio Ambiente, até 1º de setembro foram registrados mais de 131 mil focos de calor em todo o país.
Na Amazônia, 20 municípios concentram 85% dos focos de incêndio. Somente entre janeiro e setembro deste ano, cerca de 1,6% do bioma foi consumido pelo fogo.
Nessa terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou a convocação imediata de mais bombeiros da Força Nacional para atuar na crise.
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