Por Nilsa Ramos de Moura*
Considero-me uma ‘forasteira’ feliz, porque desde que cheguei em Araripina, há quase nove anos, só a vejo crescer, embora um pouco devagar, pois se tivéssemos uma maior vontade política em anos passados, maiores empreendimentos poderíamos ter, como a tão necessária ampliação do Aeroporto Regional do Araripe e também o tão sonhado Canal do Sertão, para a população não sofrer tanto com a falta do precioso líquido.
A cidade está ficando bonita e dando fim ao SPA das indesejáveis muriçocas, o que é uma benesse para os araripinenses. Conta hoje também com a tão desejada Faculdade de Medicina, em belo prédio, já pronta para receber os futuros médicos, sem precisar deixar o aconchego da família até concluir o curso em outras metrópoles.
Vejo e acompanho tudo isso e torço, fervorosamente, porque deixei minha terra natal Recife, os dois órgãos onde trabalhei por 32 anos, e após vinte anos de aposentadoria, vim morar na outra ponta do nosso mapa de Pernambuco, a tri fronteira Araripina.
Gosto de ver as edificações se expandindo para a zona rural que contornam o Centro, onde a placa de sinalização avisa; Fim do Perímetro Urbano. Para dizer a verdade, sinto ter chegado por aqui já nos meus últimos quilômetros de estrada, com o motor cansado, pneus ‘carecas’ , falha na bateria, tudo que impede sair por aí para conhecer todas essas serras de perto, porque onde ainda fui para cumprir a minha promessa de aniversário em 2012, foi para ver de perto e pisar na terra rachada de um barreiro seco, lá em Rancharia, entregando as cestas básicas, feitas com os presentes de alimentos não perecíveis que me foram dados pelos meus convidados, naquela noite memorável, do meu aniversário, quando tive o privilégio de conhecer de perto, uma boa parte dos anjos bons dessa terra, que hoje também é minha.
É a Princesa do Sertão, não resta dúvida.
*Aposentada na empresa TEXACO DO BRASIL E UFPE