Por Everardo Paixão
Sempre resgato por aqui, lembranças que para muitos não é de relevância ou não devemos nos aprisionar em fatos reminiscentes, porque o futuro é um trem veloz que não pode sair dos trilhos para que o passado seja o entrave para o progresso.
Mas o que traz essas lembranças de uma geração que vivenciou momentos marcantes e comemorativos de nossa querida Araripina em um “Cenário” que representou por muito tempo, pela simbologia do local, até pela rusticidade, o palco de momentos singulares para nossa história.
Movimentos populares, discursos exaltados de políticos de diversas matizes, encontros da juventude, eventos musicais e tantas outras manifestações que fizeram daquele ponto específico emblemático e que às vezes o tornava solitário em meio a tantas mudanças que o município vivenciou, que terminou por fechar o seu ciclo dentro da nossa arquitetura moderna e evolutiva.
Quem nunca subiu naquele pequeno tablado para contemplar os grandes desfiles cívicos em comemoração ao dia da emancipação política de Araripina?
Quem nunca se espremeu naquele lugar para ficar perto dos políticos importantes se sentir como eles?
Quem nunca soltou a voz (como o editor deste) naquele pequeno ambiente alevado em eventos musicais, para demonstrar seus dotes musicais?
Quem nunca vestiu de colorido aquele espaço para vê-lo mais bonito e mais atraente para divulgar qualquer que seja sua mensagem?
Quem nunca viu naquele espaço as crianças se aventurando naquela estrutura de grades para se arriscar em peraltices?
Portanto, o que relembro aqui, além de mostrar que cada lugar que foi demolido para ser ocupado por outro empreendimento mais bacana, mais extraordinário, também teve um momento vibrante na História de Araripina e não podemos apagar jamais.