Dr. Sérgio Feitosa deu várias explicações sobre a saúde infantil e destacou algumas dicas de como sobreviver às necessidades de uma pandemia
Por Cidinha Medrado
O quadro ‘Consultório da Arari’ do programa Araripina Urgente (Arari FM) apresentou nesta sexta-feira (30), um tema super importante, com a participação do médico pediatra Sérgio Feitosa. Ele deu várias explicações sobre a saúde infantil e destacou algumas dicas de como sobreviver às necessidades de uma pandemia, como a do novo coronavírus. O especialista reconheceu que a pandemia resultou em uma menor visitação dos pais com as crianças no médico e nas campanhas de vacinação, também resultou em crianças mais obesas por terem passado muito tempo em frente à TV, ao computador, ao tablet e ao vídeo game, quase sempre, comendo guloseimas, ele lamentou que durante a pandemia, os pais deixaram de levar os filhos ao pediatra, sobretudo em casos de pequenos em fase crescimento.
“Eu tenho pacientes que começaram comigo em 2019, 2020 retornaram agora em 2021 obesos, crianças que tinham peso normal, muito tempo sentada, sem atividade física fora do ambiente domiciliar e comendo muitas guloseimas e por não virem às consultas regulares tornaram ser obesas. Existem duas situações preocupantes. Primeiro, vacinação atrasada, porque as pessoas sabem de poder da vacina pra evitar doenças, a gente teve muitas doenças erradicada e controladas no Brasil por causa das vacinas, e segundo, a doença crônica, degenerativa que afeta metade dos adultos no Brasil, que é o sobrepeso e a obesidade, já começando na infância, durante uma pandemia que deixou-as muito tempo em casa”, disse o medico.
Outro assunto relevante durante essa participação foi sobre eficácia das vacinas em crianças, sabe-se que laboratórios como da vacina Pfizer assegura mais de 90,7% de eficácia em crianças de 5 a 11 anos; estudo conduzido por cientistas do laboratório Sinovac na China publicou que a vacina Coronavac assegura eficácia em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos; a farmacêutica Moderna informou que sua vacina desenvolvida contra com a Covid-19 é segura em crianças de 6 a 11 anos; já a Universidade de Oxford comunicou que a vacina Astrazeneca é eficaz em crianças e adolescentes na faixa de 6 a 17 anos e a vacina da Johnson poderá após estudos incluir o público de crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Sobre isso, o doutor Sérgio aconselhou que as pessoas não tenham receios de tomar, principalmente se a vacina é aprovada pela Anvisa e liberada pelo PNI (Programa Nacional de Imunização), através do ministério da saúde.
“A gente tem que simplificar as nossas decisões, o Programa Nacional de Imunização, existe a várias décadas, eu particularmente, para meus filhos e meus pacientes eu digo: – ‘A gente sempre tomou as vacinas aprovadas pela Anvisa, tomemos essas também’. Existe risco zero de vacina? Não existe risco zero de nada, mas quando você compara o risco de uma reação vacinal, com o risco de contrair Covid-19 e ter uma complicação, o risco em relação à vacina é infinitamente menor” disse o médico.
Ele também falou sobre sintomas da Covid-19 em crianças, disse não existe uma diferença entre faixas etárias, alguém pode sair de um quadro assintomático com o de um resfriado, coriza, febre baixa, dor de cabeça para um quadro mais forte com gripe, tosse, catarro febre mais alta e podendo evoluir para uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que é a situação em que a pessoa tem dificuldade para respirar.
“Na criança pode acontecer da mesma forma que acontece com adulto, o que difere é que é raro uma criança agravar na evolução da Covid, felizmente, para as crianças que são nossos bens mais preciosos, estão até certo ponto, protegidas e complicações da Covid pode acontecer mas não é comum”, explicou o pediatra.
Ele também explicou sobre a importância do uso sa máscara e pediu cuidados, porque de acordo com a idade é impossível uma criança se contentar com aquela proteção, por exemplo, uma criança de 2 anos de idade não tem condições de usar uma máscara de maneira correta, ela não tem capacidade psicológica e nenhuma evidência que suporte o uso, ela vai tocar as mãos muito mais no rosto, que é uma das principais formas de contágio.
No final da entrevista doutor sérgio feitosa ainda deixou algumas orientações para população, pediu aos pais que limitem a exposição dos filhos às telas, de maneira bem objetiva, até 2 anos, a indicação é que não tenha nenhuma exposição à tela, a partir de 3 a 4 anos, no máximo, uma hora por dia e a partir de 5 anos, no máximo 2 horas, tudo isso em relação ao celular, televisão, tablet, computador, qualquer outra tela. Que tenham momentos ao ar livre com seus filhos, caminhadas na praça, nas avenidas, que tenham uma mobilizacao fora de casa e que os pais evitem mandar os filhos para escola se tiverem algum sintoma ou alguma doença, bem como, ensinar as crianças ao máximo sobre a higienização das mãos. Ouça na íntegra: