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Aproximação entre o Executivo e Legislativo tem haver com gesto simbólico de Jair Bolsonaro

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Aproximação entre o Executivo e Legislativo tem haver com gesto simbólico de Jair Bolsonaro

(Foto: reprodução)

A proximidade recente observada entre o Executivo e o Legislativo fica clara num gesto simbólico de Jair Bolsonaro: uma caminhada entre o Planalto e o Congresso.

O presidente pegou a todos de surpresa, inclusive o chefe da Câmara, Rodrigo Maia.

O deputado desmarcou compromissos, colocou terno e correu para não chegar muito depois de Bolsonaro.

A decisão foi tomada durante uma reunião com a bancada do Partido Novo, que sugeriu visitas mais frequentes ao Congresso.

O presidente decidiu, então, em cima da hora, seguir para a Câmara e participar de uma homenagem ao humorista Carlos Alberto de Nóbrega, de quem é fã.

Para o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a atitude foi um gesto simpático de Jair Bolsonaro.

A visita ocorreu no dia seguinte ao anúncio do pacto firmado entre os poderes numa tentativa de deixar os atritos recorrentes para trás.

Rodrigo Maia fez questão de minimizar a fala de Bolsonaro que na terça-feira disse ter mais poderes com a caneta do que o presidente da Câmara.

Na ocasião, o chefe do Executivo pontuou que enquanto o deputado faz leis ele pode assinar decretos.

Para Maia, o mais importante agora é estabelecer um clima de união e tirar o Brasil da crise.

O caminho para a recuperação passa obrigatoriamente pela reforma da Previdência.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu nesta quarta-feira parlamentares do Progressistas, um dos partidos do chamado centrão.

A aliança de pequenas e médias siglas lidera o movimento para suavizar a proposta.

O líder do Progressistas na Câmara, Arthur Lira, cita como exemplo o BPC, pago a deficientes e idosos de baixa renda, além das aposentadorias rurais e dos professores.

Paulo Guedes avisou que se a economia prevista com a reforma for de pelo menos 1 trilhão de reais nos próximos 10 anos, dá para conversar.

Parlamentares tem dito em conversas reservadas que o Planalto prometeu acelerar a liberação de recursos às vésperas da votação da proposta.

Os valores das emendas individuais que são usadas em obras nas bases eleitorais variam de 10 a 40 milhões de reais, a serem pagos até o ano que vem.

O governo tem dito que o orçamento é impositivo; ou seja, o repasse é obrigatório e vai contemplar inclusive a oposição.

No entanto, diante da situação fiscal do país isso ainda não tem data para acontecer.

O Planalto já pediu ao Congresso um crédito suplementar de quase 250 bilhões de reais para pagar aposentadorias, pensões e benefícios sociais sem ferir a Constituição.

O ministro Paulo Guedes afirmou que as negociações sobre o assunto embananaram de novo, diante das dificuldades da base.

O prazo para a votação vence em julho e a articulação é feita pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra.

Com base em uma nota técnica da economia, os parlamentares já baixaram o crédito para menos de 150 bilhões de reais, o que depende de votação.

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